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Veja o vídeo em que os moradores da favela do Moinho falam de violência, incêndios, muro da vergonha, e cobram da prefeitura as promessas – registradas na campanha – de regularizar a área

Reportagem
3 de maio de 2013
09:02
Este artigo tem mais de 10 ano

Entre 2005 e 2012, mais de 800 incêndios atingiram as favelas de São Paulo. A favela do Moinho, localizada no centro da cidade, sofreu dois incêndios desde o final de 2011. Mais de 480 famílias ficaram desabrigadas. Após o último incêndio, durante a campanha eleitoral, o atual prefeito Fernando Haddad prometeu aos moradores que iria buscar a regularização da área.

Cinco meses após sua posse, o discurso é outro. Procurada pela Agência Pública, a Secretaria Municipal de Habitação, através de sua assessoria de imprensa, informou que todos os moradores já foram cadastrados e devem sair para dois empreendimentos fora do local. “A ideia é erradicar a favela e atender com unidades habitacionais definitivas todos os moradores da área”.

“As famílias precisam sair do local para receberem o auxílio moradia. O morador que alegar não receber auxílio-moradia pode procurar o plantão social de Habi Centro, na Av. São João, 299 e comprovar que morava na área na época do incêndio. Caso o morador esteja recebendo o auxílio-moradia, ele não pode ficar na área”, diz o email da assessoria.

Em 2011 foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os incêndios recorrentes. A CPI foi aberta após o primeiro incêndio que atingiu a favela do Moinho. Mas, após oito meses de investigações, não chegou a nenhuma conclusão contundente.

A Agência Pública foi conversar com moradores da favela que se recusam a deixar o local e brigam na justiça pelo usucapião. Muitos esperam o cumprimento da promessa de campanha. Assista o vídeo.

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