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Agência Pública e Idec distribuem bolsas para reportagens sobre acesso à internet

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A internet está presente em 70% dos domicílios brasileiros, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2019. Quando olhamos para os 30% sem acesso, percebemos uma profunda desigualdade: de 20 milhões de domicílios sem acesso à internet, 13 milhões estão na classe DE. A pesquisa aponta ainda que 59% dos domicílios sem acesso não estão conectados por conta do valor do serviço, considerado alto. Com a pandemia de Covid-19, passamos a utilizar ainda mais a internet para trabalhar, estudar, nos informar e nos comunicar, tornando ainda mais evidente a desigualdade no acesso.

É neste contexto que lançamos as Microbolsas Acesso à Internet, uma parceria da Agência Pública com o Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – organização sem fins lucrativos dedicada a defender a ética nas relações de consumo e direitos dos consumidores. 

Nesta 13ª edição das Microbolsas convocamos repórteres de todo o país a propor pautas investigativas sobre acesso à internet no Brasil e as diversas questões relacionadas ao tema, como falta de acesso a dispositivos, franquias de dados limitadas e bloqueio do acesso móvel, falta de infraestrutura e de políticas públicas de acesso à internet, práticas abusivas e pouco transparentes de empresas de telecomunicação, aumento da desinformação, entre outras.

Serão distribuídas quatro bolsas no valor de R$ 7 mil para os repórteres selecionados pela Agência Pública e pelo Idec. As inscrições vão até o dia 5 de fevereiro e devem ser feitas pelo formulário que pode ser encontrado neste link. Além da bolsa, os repórteres selecionados contarão com a mentoria da Agência Pública para produzir a reportagem proposta, que será publicada no site da agência e parceiros republicadores.

“Com a pandemia, a essencialidade do acesso à internet mostrou toda a sua força, mas o cenário de conectividade no Brasil ainda é marcado por profundas desigualdades, que vão muito além do mundo digital. Com a iniciativa de bolsas de reportagens, buscamos compreender de forma mais profunda os impactos da desigualdade e, especialmente, como o modelo de mercado que temos atualmente favorece e até aprofunda esse problema”, explica Diogo Moyses, coordenador da área de telecomunicações e direitos digitais do Idec.

Para se inscrever, é necessário enviar uma breve apresentação do repórter, referência profissional, resumo e descrição da pauta, plano de trabalho e plano de orçamento para a produção da reportagem. As propostas serão selecionadas pela direção da Agência Pública em parceria com o Idec, considerando a originalidade e relevância da pauta, consistência na pré-apuração, segurança e viabilidade da investigação e os recursos e métodos jornalísticos que serão utilizados. 

Os vencedores serão anunciados a partir do dia 18 de fevereiro no site da Agência Pública.

Leia o Regulamento.

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