Levantamento da Pública lista 1.520 candidatos militares nas eleições deste ano. Eles somam um patrimônio multimilionário - 158 declararam 1 milhão ou mais em bens, incluindo generais do governo Bolsonaro, como Eduardo Pazuello.
Apesar de membros do Exército questionarem a segurança das urnas eletrônicas, diversas patentes militares irão estampar as urnas em outubro. Do total, 822 se registraram como PMs, 245 como militares reformados, 118 como bombeiros militares e 60 informaram serem membros das Forças Armadas.
Os demais candidatos que usam nomes de urna militares se registraram com outras ocupações, como deputados, vereadores, servidores públicos e empresários.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou como ocupação ser presidente da República. Ele informou ter R$ 2,3 milhões em bens. Já o seu vice, o general Braga Netto (PL), informou ser militar reformado e declarou mais de R$ 1,6 milhão em bens.
Os candidatos militares somam mais de R$ 583 milhões em patrimônio, uma média de R$ 383 mil por político. Juntos, apenas os que se declararam membros das Forças Armadas ou militares reformados possuem mais de R$ 134 milhões, uma média de R$ 440 mil por candidato.
O patrimônio declarado dos militares, contudo, não é distribuído uniformemente: 158 candidatos declararam R$ 1 milhão em patrimônio ou mais. Por outro lado, 466 não declararam nem um real.
No grupo de militares milionários, está o general Eduardo Pazuello, que esteve à frente do Ministério da Saúde durante a pandemia. Ele declarou R$ 1,2 milhão, que inclui um apartamento e oito veículos, além de participações em empresas e fundos.
De todos os candidatos militares, o com maior patrimônio é o bombeiro militar Major Souza, que concorre como deputado federal no DF pelo partido Democracia Cristã (DC). Neste ano, ele declarou R$ 13 milhões em bens imóveis.
O Rio de Janeiro é o estado com mais candidatos militares no país: são 219. Em seguida estão os dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo, com 187, e Minas Gerais, com 94.