-->
“Amazônia em Disputa” é um projeto especial da Agência Pública com o objetivo de investigar a atuação das agências governamentais em meio à disputa predatória por terra na maior floresta tropical do planeta.
Durante três meses, levantamos e cruzamos dados sobre o Incra, a Funai, o ICMBio e o Serviço Florestal Brasileiro buscando avaliar o controle do Estado sobre o território e a execução das políticas públicas de prevenção ao desmatamento e aos conflitos por terra.
Munidos desses dados, partimos para mais três meses de reportagens em campo nos estados do Pará e Mato Grosso – os mais desmatados da Amazônia – com o objetivo de apurar o resultado dessas políticas na vida dos que ali vivem.
Do destino dessas comunidades – extremamente vulneráveis – depende o futuro da floresta, como constatamos ao longo dessa investigação.
Aqui você tem acesso ao resultado completo desse trabalho por meio de vídeos, fotos, mapas, infográficos e reportagens.
Fazendeiro ligado a conflito agrário em São Félix do Xingu obteve planos de manejo florestal a partir de falso título de terra e com aval do Estado; situação levou à extração ilegal de madeira
Agricultores no sul do Pará exigem criação de assentamento em fazenda localizada em terra pública; conflito violento expõe a negligência do Estado na destinação de terras
De cada três assassinatos na zona rural paraense, dois são no sul e sudeste do estado; impunidade e morosidade no ordenamento fundiário perpetuam a pistolagem
Como o impeachment abriu um novo capítulo para um dos conflitos por terra mais antigos da Amazônia, na área indígena mais desmatada do país
Aliado dos xavantes, as ameaças de morte não impediram que o bispo dom Pedro Casaldáliga se tornasse uma referência internacional na luta pelos direitos humanos
No Pará, a briga de quilombolas pela posse de terras esbarra em interesses da Mineração Rio do Norte e na postura do Instituto Chico Mendes, investigado pelo Ministério Público por suspeita de negligenciar as comunidades
Novidade trazida pelo Código Florestal, as Cotas de Reserva Ambiental (CRAs) permitem a adequação ambiental de imóveis rurais por meio de uma transação financeira; especialistas questionam o mecanismo, que aguarda regulamentação
No oeste do Pará, índios e quilombolas vivem relação histórica de amor e ódio
Concebido para ser um eficaz instrumento de regularização ambiental, o Cadastro Ambiental Rural é utilizado por grileiros e quadrilhas que lucram com o desmatamento ilegal, acirrando os conflitos rurais na Amazônia Legal
Levantamento da Pública revela que mais de dois terços dos imóveis rurais declarados no CAR do Pará apresentam alguma sobreposição e pelo menos 20 registros definitivos validados em terras indígenas, o que é proibido