IDH no Marajó: Paulo Rocha acerta ao dizer que os municípios da região têm os piores índices do Brasil

Dos 16 municípios marajoaras, 14 deles estão nas últimas posições no ranking do IDH no Brasil

Desenvolvimento Pará pobreza

Moisés Sarraf, Ercilia Wanzeler, Guilherme Guerreiro Neto
2 minutos

“Vejam os municípios do Marajó, têm os piores índices de desenvolvimento humano do Brasil.”  Paulo Rocha (PT), em evento realizado na capital paraense.

O candidato Paulo Rocha (PT) falou sobre a situação socioeconômica dos municípios da região do Marajó, no Pará, no último dia 6, durante plenária organizada pelo Coletivo Popular Socialista, no bairro da Condor, em Belém. Listando os dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para os 16 municípios que fazem parte da região administrativa do Marajó, o Truco nos Estados considera a declaração verdadeira. O Truco é o projeto de fact-checking da Agência Pública que, no Pará, é realizado em parceria com o portal Outros400.

Comunidade às margens do rio Laguna, zona rural de Melgaço, onde foram registradas 12 mortes por raiva humana este ano. Foto: Marcelo Lélis/Agência Pará.

De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil (com informações dos Censos de 1991, 2000 e 2010), os municípios do Marajó são destaque negativo na lista dos 5.565 municípios brasileiros. O Atlas agrega números do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros 200 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade para os municípios brasileiros.

Os municípios de Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Santa Cruz do Arari e São Sebastião da Boa Vista figuram entre as piores colocações do ranking. Apenas os municípios de Salvaterra e Soure ocupam uma posição mediana. O município de Melgaço está em último lugar na lista, na 5565° colocação.

Outras realidades

Para o historiador Agenor Sarraf Pacheco, doutor em História Social e professor da Universidade Federal do Pará, os indicadores não são suficientes para abarcar a realidade da região. “Para entender a realidade marajoara, é preciso avaliar fatores internos e externos. Os índices são universalizantes, não levam em conta a diversidade local, as especificidades de cada cidade, como modos de vida, tradições e saberes”, afirma. Para ele, o caso de Melgaço aponta uma contradição, já que “o município tem longevidade alta, mas baixos índices de educação e renda”. A solução, diz o historiador, seria a presença de “políticas públicas, com competência técnica, mas, acima de tudo, sensibilidade humana e cultural para serem implantadas”.

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