Novo relatório do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) aponta que o primeiro ano da pandemia misturou tudo: “violência, truculência, descaso e abandono do governo”.

bateu o recorde de violência contra indígenas.

O ano de 2020

Foto: Rogério Assis / Mobilização Nacional Indígena

Desde 2015, não havia tantos registros de violência contra indivíduos e territórios indígenas em um único ano.

Tudo isso agravado por um recorde de assassinatos em 15 anos: ao menos 182 vítimas identificadas. Ao todo, os homicídios de indígenas tiveram um aumento de mais de 60% na comparação com o ano anterior, 2019.

Segundo o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), em 2020 os conflitos territoriais atingiram 145 povos espalhados em mais de 200 terras indígenas em todas as etapas do processo de demarcação.

As mortes vieram acompanhadas de aumento de grilagens, de invasões para extração ilegal de recursos naturais e de danos ao patrimônio indígena.

“Por um lado, temos assassinatos, doenças e fome; do outro, indígenas perdendo suas terras, suas roças, com seus campos envenenados.”

- Lucia Helena Rangel antropologa que coordenou o levantamento do CIMI

“O que é o genocídio senão impedir que determinados povos tenham paz, que possam reproduzir suas vidas em seus modos originais e tradicionais, podendo, caso queiram, plantar e colher seus próprios alimentos?” - Lucia Helena Rangel, antropóloga que coordenou o levantamento do CIMI

Acesse a reportagem na íntegra e descubra o cenário de assassinatos em terras indígenas durante o primeiro ano de pandemia