Nestas eleições, ao menos 640 candidatas e candidatos usarão títulos religiosos nas urnas. Desses, 36 declararam patrimônio milionário ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

São pastores, pastoras, bispos, irmãos, apóstolos, padres e missionários que juntos somam quase R$ 79 milhões em bens.

Em 2018, 579 postulantes usaram nomes ligados à religião, contudo, nem sempre os que usam títulos religiosos assumem o sacerdócio como profissão. Segundo o TSE, 112 candidatos/candidatas declararam como principal ocupação “sacerdotes, membros de ordem ou de seita religiosas” este ano.

Parte das candidaturas de lideranças religiosas não são fáceis de identificar. Há os que não usam títulos eclesiásticos no nome de urna, nem declararam o sacerdócio como principal ocupação para o TSE. É o caso de Damares Alves, candidata ao Senado Federal pelo Republicanos e ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro.

Embora também seja pastora, Damares se registrou como advogada. Ela declarou R$ 525 mil em bens, incluindo um apartamento de R$ 525 mil e uma caderneta de poupança no valor de R$ 32,06.

O candidato com o maior valor em bens declarados é Guaracy Batista da Silveira, que se apresentará nas urnas como Bispo Guaracy (Avante-TO). Liderança da igreja evangélica do Evangelho Quadrangular, o religioso é candidato ao Senado e possui, segundo dados do TSE, mais de R$ 7,7 milhões de patrimônio.

Gilmar da Silva Ribeiro, o “Irmão Ribeiro”, é o segundo candidato religioso com maior patrimônio. O empresário concorre a deputado federal no Amazonas pelo Agir. No intervalo de oito anos, seu patrimônio aumentou mais de cem vezes, passando para R$ 6,3 milhões em bens.

No terceiro lugar está o pastor Marco Feliciano, que tenta reeleição ao cargo de deputado federal pelo PL-SP. Desde sua primeira disputa eleitoral, quando foi eleito em 2010, o patrimônio do deputado, que é um dos principais aliados do governo Bolsonaro, cresceu de R$ 634,8 mil para mais de R$ 4,7 milhões este ano, entre terrenos, imóveis e outros bens.

Com a redução na transparência do patrimônio dos candidatos na base de dados do TSE, não é mais possível saber com exatidão informações dos bens ou localização dos imóveis.

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