A expressão “Festa da Selma” chegou a ser utilizada junto à hashtag #BrazilianSpring — Primavera Brasileira, em inglês. Uma reportagem da Pública revelou que a expressão foi lançada por Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, para levantar dúvidas falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

A partir de 5 de janeiro, o termo passou a ser mais utilizado no Twitter, junto a vídeos que traziam uma série de códigos bolsonaristas para combinar os ataques.

Entre os perfis que compartilharam o chamado para a invasão, estavam até mesmo perfis verificados com o  Twitter Blue— a verificação acontece através do pagamento. Isac Ferreira é um deles, que tem mais de 75 mil seguidores e conta com o selinho azul instituído pelo novo CEO da rede social, Elon Musk.

Ao contrário de outros atos bolsonaristas, nos quais a replicação de imagens de crianças e idosos nas manifestações era usada como uma forma de demonstrar um suposto caráter popular e pacífico, neste caso a presença dos mesmos foi desestimulada.

Um dos perfis que mais publicou sobre a “Festa da Selma” foi @SianoAker. Em um de seus posts, feito às 17:43 de 8 de janeiro, disse que “a festa da Selma não tem dia para terminar”. “Preparem-se para acampar, cozinhar e usar os banheiros daí. Não arredem o pé!”.

Além da invasão em Brasília, perfis bolsonaristas também utilizaram o termo “Festa da Selma” para convocar manifestações em frente a refinarias da Petrobras pelo Brasil.

Foto: Reprodução Uol

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