No dia 1 de dezembro de 2022, Luiz Miguel Matias Caje dos Santos, de 11 anos de idade, foi até a cozinha e, antes mesmo de fazer a primeira refeição do dia, riscou a data do calendário que estava pendurado próximo a pia. O garoto não via o momento de comemorar o Natal.

Faltava uma hora para chegar a meia-noite do dia 24 de dezembro quando Luiz Miguel, uma criança de 11 anos, foi atingida por um tiro enquanto passeava de moto com o primo. A família acusa um PM que estava de folga pelo disparo.

Segundo o relato do primo, ele e Miguel desviaram de um grupo de homens que discutiam na rua. O policial teria ido na direção dos dois.

“ Nisso, já veio outro correndo, que foi o policial. Andamos um pouco mais pra frente e foi na hora que ouvimos o disparo. Um pouco mais pra frente, o Miguel começou a falar que tinha levado um tiro. O rapaz da outra moto falou que ele estava sangrando. Foi a hora que eu parei e coloquei ele no colo” - Alexandre dos Santos, primo de Miguel.

O laudo da perícia apontou que o tiro foi disparado a curta distância, entrou pelo lado esquerdo das costas e saiu na região do pescoço, causando hemorragia e anemia aguda. Essa foi a causa da morte do menino.

Os pais de Miguel têm necessitado de medicamentos para dormir. Para a família está cada vez mais difícil continuar na mesma casa e suportar o que aconteceu.

De acordo com policiais, o PM acusado pela família de ter efetuado o disparo havia feito contato com a central alegando que sua esposa teria sofrido uma tentativa de assalto por um grupo de motoqueiros. Ele teria sacado a arma, "mas não soube informar se chegou a efetuar disparo".

No depoimento na delegacia, o policial disse ter visto a esposa ser cercada por um grupo de motociclistas, ter sacado a arma, mas negou ter disparado.

O caso é investigado pela Polícia Civil no Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes e vem sendo acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo.

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