O Quilombo do Buri está no estado que tem a maior população quilombola do país  a Bahia. Está localizado às margens do Rio Paraguaçu, no município de Maragogipe, na região do Recôncavo baiano, em uma área de 377 hectares.

O território foi apontado como o menor quilombo do país, com apenas um único habitante, segundo o Censo 2022 do IBGE. Mas, só a família de Zelzira Ferreira Lima, conhecida como Dona Nini, tem nove pessoas.

Diferentemente do que diz o Censo, ao menos 40 famílias habitam o território. O dado divulgado pelo IBGE é visto pelos moradores como mais um obstáculo para o reconhecimento dos seus direitos.

O quilombo vive uma disputa pela titulação do território, que foi barrada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O entorno do Quilombo do Buri é uma região cobiçada por empreendimentos da indústria naval. Em 2012, foi inaugurado o Estaleiro Enseada do Paraguaçu na região, com o objetivo de ser um complexo naval, portuário e industrial, e com a promessa de gerar emprego e renda.

A falta de infraestrutura ainda tem causado o êxodo de habitantes para a comunidade de São Roque do Paraguaçu, distrito de Maragogipe, próximo do quilombo.

Ao falar da violência, a comunidade do Quilombo do Buri falou do aumento de casos envolvendo assassinatos de lideranças quilombolas na Bahia, como a Mãe Bernadete ialorixá, ativista e líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, que foi assassinada com 12 tiros dentro da sua comunidade, no município de Simões Filho.

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