Agência Pública

Cobertura eleitoral da Pública vai fazer fact-checking em 7 estados

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Em um momento de debate acalorado sobre a checagem de fatos, compartilhamos nossas reflexões e nossas ações para que nossa cobertura eleitoral seja melhor, mais clara e traga mais elementos ao debate público.

Desde 2017 o Truco é certificado pela International Fact Checking Network, rede organizada pelo Instituto Poynter, dos Estados Unidos, que reúne os principais sites de fact-checking do mundo. O projeto segue o código de princípios da IFCN, assumindo o compromisso de ser apartidário, transparente e de seguir uma política de correções.

Mudanças     

A partir de hoje, o selo “Distorcido” deixa de ser utilizado por dar margem à interpretação. Também estamos aposentando o selo “Contraditório”, por extrapolar a declaração que está sendo analisada. E adotamos um novo selo, “Subestimado”, para os casos em que há uma diferença – para menos – entre o dito e o fato. Todos os selos ganharam novas descrições, com vistas a deixar os critérios mais claros:

VERDADEIRO

A análise dos dados e de outras fontes mostra que a afirmação é verdadeira. Dados arredondados também são considerados verdadeiros.

SEM CONTEXTO

A afirmação traz informações ou dados corretos, mas falta contexto que é importante para a compreensão dos fatos.

DISCUTÍVEL

A conclusão sobre a frase varia de acordo com a metodologia adotada.

EXAGERADO

A frase traz dados inflados ou é uma afirmação superdimensionada sobre um fato ou uma tendência verdadeira.

SUBESTIMADO

A frase traz dados subdimensionados ou é uma afirmação minimizada sobre um fato ou uma tendência verdadeira.

IMPOSSÍVEL PROVAR

Não existem dados ou estudos confiáveis publicados que embasam a afirmação, no momento da checagem.

FALSO  

A análise dos dados e de outras fontes mostra que a afirmação é falsa, não corresponde à realidade.

Além disso, dois novos editores passam a integrar a equipe para fortalecer o processo de escolha das frases, de edição e revisão das checagens.     

Reforçamos ainda o compromisso com nossa metodologia, que busca aprofundar os temas abordados, e sempre inclui a versão do candidato checado. Funciona assim:

Primeiro, selecionamos uma frase que possa ser verificada, ou seja, que contenha dados, faça referência a leis, permissões, proibições, situações verificáveis. Nossa prioridade é escolher frases com relevância para o debate público.

Em seguida, entramos em contato a assessoria do político para pedir as fontes das informações. Todas são mencionadas no texto. Procuramos outras fontes, oficiais ou não, e, se necessário, recorremos a especialistas. Comparamos nossa apuração com os dados fornecidos e, com isso, classificamos a afirmação, utilizando um dos selos.

Depois de finalizada a apuração, os selos são enviados novamente para as assessorias, para ouvir a contra-argumentação.

Mesmo depois de a checagem ser publicada, se o político ou sua assessoria entrar em contato para questioná-la, incluímos sua versão com destaque.

Truco nos Estados

Pela terceira eleição, a Agência Pública vai cobrir a disputa fazendo checagem de falas de candidatos e boatos. Este ano, nossa cobertura vai focar nas disputas governamentais, com equipes fazendo fact-checking em 7 estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Ceará e Pará. Viste o site: truco2018.apublica.org

Serão 30 jornalistas dedicados a trazer informações sobre os candidatos ao debate público. Em quatro estados, estamos fazendo parcerias com organizações locais. No Rio Grande do Sul,  a Pública terá como aliado o Filtro, site dedicado ao fact-checking. Em Pernambuco e no Pará, o Truco repete a parceria das eleições de 2016, com checagens produzidas pelos sites de jornalismo local Marco Zero Conteúdo e Outros 400. No Paraná, a cobertura será feita pelo Livre.jor.

O projeto Truco nos Estados e as checagens sobre os candidatos a presidente vão ao ar no dia 13 de agosto.  

Conheça a equipe do projeto:

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