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Como foi a primeira ‘Marsha’ nacional pela visibilidade trans

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A primeira “Marsha” Nacional pela Visibilidade Trans reuniu ativistas por direitos das pessoas trans e travestis na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), no último domingo (28). O termo “Marsha” é uma referência à ativista norte-americana Marsha P. Johnson.  

Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), primeiras deputadas federais trans do Brasil, foram madrinhas do evento, que marcou as comemorações dos 20 anos do Dia da Visibilidade Trans no Brasil, celebrado nesta segunda-feira (29). 

Confira algumas fotos e depoimentos.

É preciso que nós possamos ter políticas públicas para enfrentar toda a lógica de exclusão que a transfobia expressa, inclusive dentro do próprio parlamento. Por isso é fundamental que nós estejamos aqui com a defesa dos direitos da população trans, com uma marcha que conta com pessoas de todo o Brasil
Deputada federal PT-DF
É fundamental entender que pessoas trans também fazem a democracia brasileira, que a população trans está organizada, que nós somos indivíduos sozinhos, que nós somos pessoas, que somos cidadãs, que temos feito a diferença e que sem nós não tem como o Brasil ser uma democracia de fato
Professora de Psicologia do IFRJ 
Posso afirmar que o direito à vida não é garantido às pessoas trans, não é pelo menos para todas as pessoas trans. Então, o direito à vida é a nossa principal reivindicação. Mas também nós temos uma luta histórica pelo direito à empregabilidade, pela formação com acesso à universidade e a formação técnico-profissional, cotas trans são uma urgência, por uma saúde integral no SUS, que nos compreenda para além das questões relacionadas ao HIV e AIDS. A possibilidade de estarmos construindo um projeto de Brasil que inclua as contribuições da população trans para a economia, para a política internacional, para a segurança pública e justiça, para todas as áreas de atuação de um governo comprometido com as pessoas que têm sido historicamente vulnerabilizadas e obviamente pela defesa das nossas infâncias e juventudes trans, que ainda carecem de um olhar atento do Estado, protocolos específicos de atendimento e cuidado, obviamente para assegurar o futuro dessa geração
Secretária de Articulação Política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), organizadora da 1º “Marsha” nacional pela visibilidade trans
É a simbologia de que a pauta das pessoas trans ganha cada vez mais espaço. É muito importante que a gente reforce e ressalte a luta da população trans, porque se a gente chegou até aqui hoje, é muito por causa dessa mobilização
Membro da Casa Rosa, espaço de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ em Brasília
A dignidade é o nosso direito. A gente precisa continuar lutando para que a gente tenha o mínimo dos nossos direitos garantidos pela Constituição. Porque nós somos todo mundo. A população trans é todo mundo. A gente não merece menos
Deputado distrital do PSOL-DF
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