P2

Especial Vigilância

Esta reportagem especial é o segundo produto dos LABs – Laboratórios de Experimentação de Linguagens – desenvolvidos pela Pública.

Ao longo de quatro meses, nossa equipe estudou os diferentes aspectos do salto da vigilância no Brasil durante o ciclo dos megaeventos. Além do impressionante aparato montado para facilitar a troca de informações, o videomonitoramento e a integração das forças de segurança – que traz benefícios e críticas –, nossa reportagem detectou um aumento de estratégias de vigilância menos tecnológicas, mas muito mais assustadoras, usadas contra manifestantes. Ao mesmo tempo, o aparato legal para justificar tais ações também se tornou mais robusto. Trata-se de uma repressão que não é física, mas tem a mesma brutalidade.

Este especial aborda esses três aspectos do novo vigilantismo no Brasil através da linguagem transmídia: aqui, a forma é tão importante quando o conteúdo.

Da reportagem pura e simples em “O que descobrimos” até a nossa “Loja de souvenirs”, uma brincadeira com o fetichismo que rodeia tais tecnologias de monitoramento, você será o principal condutor da história; ela vai se desenvolver de acordo com a sua inclinação.

A seção “Infiltrados” traz um jogo de esconde-esconde para descobrir os policiais à paisana em uma manifestação; se bem-sucedido, você vai conhecer histórias horripilantes de como jovens de três capitais brasileiras foram perseguidos, monitorados, fotografados, fichados e enganados por integrantes das forças policiais, alguns deles travestidos de civis. A seção “Sempre vigiados” reúne depoimentos de mães, irmãs, estudantes e trabalhadores do Rio de Janeiro que, por motivos diversos, viraram alvo de perseguição e monitoramento de autoridades.

A videoarte está presente em “P2”, uma instalação multimídia que precisa da sua reação para chegar a uma conclusão. Depende ainda da colaboração do público a seção “Mapa das câmeras”, um convite para que moradores do Rio de Janeiro nos ajudem a mapear as câmeras de rua que diariamente filmam e sequestram nossas imagens nos caminhos da cidade.

Finalmente, um alerta: todos os fatos aqui publicados são fruto de investigação jornalística, com farta documentação e dados oficiais que os corroboram; não se trata de ficção científica. Cabe a você espalhar essa história.