O pedido de impeachment proposto por Genilson Oliveira, microempresário paulista, contra o presidente Jair Bolsonaro, o acusa de minimizar a crise causada pela pandemia de coronavírus, o que colocaria a população em risco iminente. O que, de acordo com o autor, vai de encontro aos deveres do cargo de Presidente da República. Segundo o pedido, “era de se esperar que em um momento de crise como este, o presidente prezasse pela saúde e segurança interna da nação, o que não tem sido demonstrado pelo mesmo”.
Para corroborar, a peça elenca as manifestações antidemocráticas que ocorreram em 15 de março e 19 de abril deste ano, salientadas por Bolsonaro em suas redes sociais. Argumentando que, além de demonstrar apoio às manifestações que pediam pelo fechamento do Congresso e que atentavam contra o livre exercício dos três poderes, o presidente ainda compareceu à essas manifestações, o que configuraria crime de responsabilidade.
A peça argumenta ainda que as ações do presidente incitam à desordem e incentivam aglomerações representando um grande risco à saúde pública em meio à crise do Coronavírus.
O pedido baseia-se nos artigos 4º e 9º da Lei de Impeachment, que prevê como crime atos que atentem contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito, e atos que procedam de modo incompatível com a honra e decoro exigido pelo cargo.
Por fim, o proponente alega que o presidente submete o Brasil a recorrentes escândalos, “decorrentes de sua má-gestão, suas falas inadequadas, sua falta de empatia e sensibilidade com o momento de pandemia, incertezas e dor que passa o país e o mundo”.
Oliveira conclui que com o afastamento de Bolsonaro, seria colocado “fim à situação desastrosa em que o país se debruça […] que mancha a imagem do Brasil e deixam todos os brasileiros incrédulos em relação à liderança dada pelo exemplo máximo da República”.