O jornalista Mario Berti Filho, filiado ao PSB, entrou com pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro no dia 3 de maio de 2020. O proponente, que foi candidato à prefeitura de Mogi das Cruzes, em São Paulo, em 2012 pelo PCB, também havia protocolado pedido de impedimento contra os últimos dois presidentes, Dilma Rousseff e Michel Temer.
Idoso, Berti requer que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, analise seu pedido com prioridade, conforme estabelecido pelo artigo 71 do Estatuto do Idoso (10.471/2003).
Primeiramente, o pedido afirma que o país está sofrendo uma crise política e moral provocada pela incapacidade de Bolsonaro de presidir o país, como ter chamado a doença causada pelo Coronavírus de “gripezinha”.
Mas os crimes de responsabilidade que embasam o pedido de impeachment não estão relacionados com denúncias do ex-Ministro Sérgio Moro, que acusa o presidente de interferir na Polícia Federal, através da nomeação de um novo diretor-geral para o órgão – Maurício Leite Valeixo.
O inquérito aberto para apurar as denúncias de Moro, incluindo falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação e obstrução de Justiça, também é citado.
Ainda, acusa Bolsonaro de negociar cargos públicos em troca de apoio no Congresso Federal para evitar processo de Impeachment.
Para Berti, as ações violam o artigo 4º da Lei de Crimes de Responsabilidade, por atentarem contra a segurança interna do país e a probidade na administração.
“As manobras do denunciado golpeiam os princípios administrativos, sobretudo da moralidade, legalidade e eficiência descritos na Constituição federal”, defende o pedido.
Entre as testemunhas a serem ouvidas estão Sergio Moro e Mauricio Valeixo, além do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.