Rossetto está certo: Rio Grande do Sul só perde para o Rio de Janeiro em número de chacinas
Postulante ao Palácio Piratini, petista destacou que o estado ficou atrás apenas do Rio de Janeiro em estatística sobre homicídios múltiplos
“O Rio Grande do Sul é o segundo estado do Brasil em chacinas. Perdemos para o Rio de Janeiro”, Miguel Rossetto (PT), em entrevista.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, de Porto Alegre, publicada em 26 de agosto, o candidato do PT ao Palácio Piratini, Miguel Rossetto, tratou de temas relacionados à violência. O petista classificou como “desastrosa” a gestão de seu oponente, José Ivo Sartori (MDB), na área da segurança pública. Entre as justificativas para o posicionamento, Rossetto mencionou a quantidade de chacinas promovidas no Rio Grande do Sul.
O Truco nos Estados – projeto de checagem de fatos da Agência Pública, feito no Rio Grande do Sul em parceria com o Filtro Fact-checking – conferiu os dados mencionados por Rossetto e verificou que o petista tem razão. O Rio Grande do Sul só perde para o Rio de Janeiro na quantidade de chacinas, segundo os levantamento mais recentes sobre o tema.
Consultada sobre a fonte usada por Rossetto, a assessoria do candidato indicou uma matéria publicada pelo G1, que traz dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O documento, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, se baseia em estatísticas criminais de 2016. O 12º Anuário de Segurança Pública, relativo a 2017 e publicado em agosto deste ano, não contabilizou chacinas.
Naquele ano, o Rio Grande do Sul registrou 26 chacinas – homicídios múltiplos com três ou mais vítimas -, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, onde houve 41 ocorrências. O levantamento mostra um aumento no estado de 73,3% em relação a 2015, quando ocorreram 15 casos.
Nos estados de Alagoas, Ceará, Paraná e São Paulo foram contabilizadas 12 chacinas em 2016.
Considerando a quantidade de vítimas, o RS também ficou em segundo lugar, novamente atrás do RJ. Em 2016, 90 pessoas foram mortas em chacinas no Rio Grande do Sul, contra 136 no Rio de Janeiro. O aumento, no Rio Grande do Sul, foi de 80% de 2015 para 2016.
Completam a lista dos cinco primeiros os estados de São Paulo (43 vítimas), Paraná (39) e Alagoas (36).
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