Buscar

Áurea e Vander, domésticas a vida inteira, refletem sobre a nova lei que regulamenta a sua profissão neste vídeo co-produzido pela Pública

Reportagem
12 de dezembro de 2013
18:46
Este artigo tem mais de 10 ano

Aos 64 anos, Áurea é aposentada por problemas nos joelhos, que dificultam sua locomoção. Vinda de Feira de Santana, na Bahia, passou a maior parte da sua vida trabalhando para uma única família – foram 24 anos – em São Paulo. Cuidava dos afazeres domésticos e da criação dos filhos dos patrões, desde muito pequenos. Hoje, longe da família que a empregava, mora em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Vanderlea, conhecida como Vander, começou a trabalhar como doméstica aos 14. Com o consentimento de sua mãe, que veio com ela de Juazeiro, na Bahia, foi servir à família Marcondes, em Jundiaí, no interior de São Paulo. Em pouco tempo começou a dormir no trabalho, e logo estava morando na residência. Trabalhava como babá e ajudava nas outras tarefas domésticas – o que faz até hoje. Aos 40 anos, é a governanta da casa, coordenando as outras duas empregadas, sempre uniformizadas.

Essas duas mulheres dedicaram a maior parte das suas vidas ao trabalho doméstico – profissão que foi regulamentada apenas este ano – servindo a patrões que as tratavam “como se fossem da família”. A emenda constitucional Nº72/2013, conhecida como PEC das domésticas, regularizou pela primeira vez a profissão, garantindo que elas tenham os mesmos direitos que os demais trabalhadores brasileiros, no regime da CLT. 

Assista ao curta “Como se fosse da família”, uma parceria com a Grão Filmes que foi contemplado pelo 4º edital Sala de Notícias do Canal Futura, para conhecer como essas mulheres vêem a PEC e o seu trabalho de toda uma vida:

Não é todo mundo que chega até aqui não! Você faz parte do grupo mais fiel da Pública, que costuma vir com a gente até a última palavra do texto. Mas sabia que menos de 1% de nossos leitores apoiam nosso trabalho financeiramente? Estes são Aliados da Pública, que são muito bem recompensados pela ajuda que eles dão. São descontos em livros, streaming de graça, participação nas nossas newsletters e contato direto com a redação em troca de um apoio que custa menos de R$ 1 por dia.

Clica aqui pra saber mais!

Quer entender melhor? A Pública te ajuda.

Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes