A 30ª edição das Olimpíadas começou, oficialmente, na sexta (27), em Londres. Em homenagem ao Jogos, o centro de jornalismo investigativo ProPublica, sediado em Washington, reuniu algumas reportagens que denunciaram sujeiras em eventos esportivos, dos campi universitários às pistas de corrida dos EUA. A seguir, a seleção:
Salto com Varas, Vanity Fair, junho de 2012
Ainda há discordância sobre se as Olimpíadas representam um benefício ou um desperdício financeiro para as cidades-sede. Este artigo analisa a preparação para os jogos de Londres e o longo – e, por vezes, obscuro – processo enfrentado pelas cidades que se candidatam junto ao Comitê Olímpico Internacional.
O garoto que não estava lá, ESPN, maio de 2012
A épica história de uma estrela do basquete juvenil americano que acabou se revelando alguém completamente diferente do que se pensava. Para revelar a história do jovem, o repórter Wright Thompson visitou desde unidades penais na Flórida até sacerdotes vodus no Haiti.
Colapso: Morte e desordem em hipódromos dos EUA, New York Times, 2012
Esta série de reportagens analisou dados de mais de 150 mil corridas de cavalos por todos os Estados Unidos. E descobriu o seguinte: em média, 24 cavalos morrem toda semana; as taxas de acidente são maiores em pistas que possuem cassinos; e os treinadores normalmente ignoram regras anti-doping, injetando grandes quantidades de analgésicos nos cavalos para mascarar lesões. Vale a pena ler também este artigo do Times sobre o quão poderoso se tornou o cartel de drogas mexicano dentro das corridas de cavalo norte-americanas.
Investigação de Jerry Sandusky, The Patriot-News, 2011
Uma reportagem que venceu o prêmio Pulitzer, sobre abuso sexual de garotos pelo treinador de futebol Jerry Sandusky, de Penn State. O jornal publicou revelações posteriores sobre como os administradores da Universidade, professores e o famoso treinador Joe Paterno fecharam os olhos em relação aos crimes de Sandusky.
A vergonha dos esportes Universitários, outubro de 2011
O historiador Taylor Branch explica como o conceito “estudante-atleta” nos Estados Unidos nunca foi um conceito simples. Ele documenta casos em que os jogadores foram aprovados enquanto as faculdades lucram, e as instâncias onde as escolas empurram pedidos de indenização trabalhista em caso de morte ou lesão dos atletas.
O que você não sabe pode te matar, revista Sports Illustrated, maio de 2009
A multibilionária indústria de suplementos esportivos se tornou um terreno fértil para “químicos de cozinha” que não possuem formação científica ou nutricional, mas que geralmente decidem o que vai parar em produtos como formadores de músculos e queimadores de gordura que são propagandeados para esportistas. A pouca fiscalização e escrutínio público desta indústria levou a um grande risco de produtos não testados e propaganda enganosa.
Durante vários anos o jornal New York Times revelou evidências de longo prazo causadas por ferimentos na cabeça no futebol americano. Como resultado, a liga nacional de futebol americano adotou regras mais restritas sobre quando os jogadores poderiam voltar aos campos depois de se ferirem.
Texto baseado em artigo da ProPublica. Clique aqui para ler o original, em inglês