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Em parceria com o WWF-Brasil, a Pública vai contemplar quatro pautas com bolsas de R$ 8 mil e mentoria

Da Redação
10 de novembro de 2022
12:30
Este artigo tem mais de 1 ano

Atenção: as inscrições foram prorrogadas até 20 de janeiro.

No final de setembro, o Ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro, Joaquim Leite, manifestou intenção de explorar petróleo na Margem Equatorial, região litorânea que vai do Amapá até o Rio Grande do Norte. “Dá para fazer com certeza as duas coisas juntas: explorar petróleo e garantir a proteção ambiental”, disse. No entanto, semanas antes, o Ministério Público Federal no Pará e no Amapá pediu que fossem suspensas perfurações da Petrobrás na bacia da foz do Rio Amazonas, alegando que a atividade, definida sem consulta prévia, impactaria comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas da região. 

A Margem Equatorial é considerada a nova fronteira de exploração de petróleo no país. Ao longo dos últimos anos, a Agência Pública têm coberto diferentes tipos de ameaças à Amazônia, ao Cerrado e às populações que vivem e preservam esses biomas. Também temos nos atentado às violações de direitos socioambientais decorrentes de atividades emissoras de carbono. Para investigar as novas fronteiras de exploração de petróleo, nos juntamos ao WWF-Brasil e lançamos a 16ª edição das Microbolsas. 

Convidamos repórteres de todo o país para investigar a relação entre a exploração de petróleo e as mudanças climáticas. Buscamos pautas que levem em conta principalmente os novos blocos de exploração na região amazônica e seus impactos socioambientais. A direção da Agência Pública vai escolher, em parceria com o WWF-Brasil, quatro pautas, considerando originalidade, viabilidade, segurança e a diversidade das propostas. As equipes selecionadas serão contempladas com bolsas de R$ 8 mil para produzir as reportagens e também com a mentoria e publicação das reportagens no site da Agência Pública. As inscrições devem ser feitas até o dia 10 de dezembro através deste formulário.

As propostas devem considerar questões como: a complexidade socioambiental para avaliar os impactos dos novos blocos de exploração de petróleo, o histórico da exploração na margem equatorial, a transparência dos processos de licenciamento e estudos de impacto ambiental desses projetos.Também é importante olhar para quem lucra com as ações das petroleiras na bolsa de valores, se as empresas do ramo que dizem aplicar o conceito ESG realmente o fazem.  

Para se inscrever nas Microbolsas, é necessário que repórteres interessados enviem uma apresentação profissional, com exemplos de trabalhos realizados e a pauta que pretendem investigar, com pré-apuração, plano de trabalho – métodos jornalísticos que serão utilizados, possíveis fontes, cronograma – e plano de orçamento. As reportagens devem ser publicadas em até três meses após o anúncio do resultado. Leia aqui o regulamento completo.

O resultado das Microbolsas Petróleo e Mudanças Climáticas será divulgado na segunda quinzena de janeiro de 2023. Faça sua inscrição.

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