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Conheça os jornalistas que ganharam as microbolsas para fazer suas reportagens. Elas serão publicadas a partir de julho

Da Redação
11 de abril de 2012
12:00
Este artigo tem mais de 12 ano

O concurso de Microbolsas da Pública recebeu cerca de 70 propostas, mostrando que há muito talento criativo no jornalismo brasileiro. Foi difícil escolher. Na primeira fase, as coordenadoras da Pública escolheram 12 para permanecer no páreo.

A partir daí, a difícil decisão ficou para os conselheiros. Levando em consideração a consistência na pré-apuração, a originalidade e relevância da pauta, entre outros fatores, Ricardo Kotscho, Eliane Brum, Carlos Azevedo, Leonardo Sakamoto e Jan Rocha votaram nas propostas de sua preferência.

Os escolhidos para receber as bolsas, no valor de R$ 4 mil, foram os paulistas Natalia Garcia, Leandro Siqueira e Renato Santana de Jesus; os outros vencedores são gaúchos: André de Oliveira, Jefferson Pinheiro e Daniel Barbosa Cassol. “As pautas são todas muito boas”, opina Ricardo Kotscho, um dos nomes mais conhecidos da reportagem brasileira, com mais de 20 livros publicados sobre jornalismo. “Escolhi as matérias que gostaria de ler.”

Carlos Azevedo, que participou da fundação da revista Realidade e colaborou com o jornal Movimento, parabeniza a iniciativa. “Foi uma boa ideia e trouxe bons resultados”. Já para Eliane Brum, vencedora de 40 prêmios de reportagem nacionais e internacionais, bom foi “constatar que há tanta gente interessante por aí”.

Natália Garcia, uma das vencedoras, mudou sua vida de jornalista quando em 2008 comprou uma bicicleta dobrável e passou a ter outra relação com São Paulo. Foi aí que ela decidiu se dedicar a estudar, pesquisar e escrever sobre mobilidade urbana. Em 2011, criou o projeto Cidades para Pessoas, primeiro projeto no Brasil a ser financiado por crowdfunding, ou financiamento coletivo, através da plataforma Catarse.me.

Em Porto Alegre, André de Oliveira e Jefferson Pinheiro são repórteres independentes desde que começaram na profissão e produzem trabalhos que dão visibilidade a conflitos sociais, culturais e ambientais. Fundaram, em setembro de 2004, com outros cinco colegas, a Cooperativa Catarse – Coletivo de Comunicação – que apesar do nome, não tem relação com a plataforma de crowdfunding.

Também em parceria, Leandro Siqueira e Renato Santana de Jesus, foram finalistas. Em 2010, Leandro fez um vídeo documentário sobre a atuação da Polícia Militar nos clássicos de futebol da capital paulista, chamado Clássico de Choque. Seu parceiro de reportagem, Renato Jesus, trabalhou na maior parte de sua carreira com assuntos ligados à sustentabilidade e a direitos humanos.

Outro repórter do Rio Grande do Sul, Daniel Cassol já foi assessor de comunicação da Via Campesina e é um dos criadores da Agência Chasque, agência de notícias que cobre movimentos sociais para rádios do interior gaúcho. Em 2009, foi correspondente do Brasil de Fato no Paraguai e, recentemente, correspondente do portal iG em Porto Alegre e editor-chefe do site Sul21. Atualmente, é jornalista free-lancer.

Todos os vencedores mostraram que possuem as qualidades básicas para um repórter independente: criatividade, profissionalismo e muita vontade de relatar histórias que precisam ser contadas. A Pública e o público agradecem.

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