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A Pública e a Oxfam Brasil vão conceder quatro bolsas de R$ 7 mil para os repórteres com as melhores pautas sobre fome

Da Redação
20 de agosto de 2018
16:22
Este artigo tem mais de 5 ano

Atenção: inscrições prorrogadas até dia 30 de setembro

Desde 1990, a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) divulga o Mapa da Fome, que mostra os países com mais de 5% da população ingerindo menos calorias que o recomendado. O Brasil esteve no Mapa da Fome até 2013. Saiu em 2014, quando o índice de pessoas ingerindo menos calorias que o recomendado foi de 3%. No mesmo ano, o país também atingiu o menor índice de pessoas em situação de extrema pobreza desde 1992, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Porém, nos últimos anos, o número de brasileiros em situação de pobreza extrema voltou a subir. O aumento foi 11,2% entre 2016 e 2017, segundo a Pnad. Entrevistado pela Pública em julho desde ano, o pesquisador Francisco Menezes explica que “pessoas que estão numa situação mais extrema de pobreza estão fortemente vulneráveis e sujeitas à fome, geralmente passando fome”.

Neste contexto de mudanças profundas em pouco tempo e com o risco de o Brasil voltar a figurar no Mapa da Fome, a Agência Pública convida repórteres de todo o país a dedicar seus olhares para o tema. Lançamos em parceria com a Oxfam Brasil o concurso Microbolsas Fome, que vai viabilizar a produção de quatro reportagens investigativas sobre o assunto.

Os repórteres interessados têm até dia 21 de setembro para propor suas pautas, o que deve ser feito através deste formulário. Quatro propostas serão contempladas com uma bolsa de R$ 7 mil e a mentoria da Pública para a produção da reportagem. As pautas devem ser inéditas, originais e ter como resultado uma reportagem investigativa. Os vencedores serão definidos pela direção da Agência Pública e da Oxfam Brasil e anunciados em 1º de outubro.

Leia o Regulamento.

Para fazer a inscrição, é necessário enviar um resumo da pauta, pré-apuração, plano de trabalho e orçamento, além de uma biografia do autor e reportagens já produzidas. Serão levados em conta a consistência da pré-apuração, a experiência do repórter na realização de reportagens investigativas, segurança e viabilidade da investigação e ineditismo e relevância da pauta.

Esta é a 9ª edição das Microbolsas, projeto que nasceu em 2012 e já viabilizou mais de 30 reportagens. Foi com as investigações feitas por microbolsistas que começamos a investigar o Poder Judiciário. A reportagem “Severinas”, resultado da segunda edição do projeto, foi finalista do Prêmio Gabriel Garcia Marquez em 2014. A reportagem “Cadeias Indígenas na Ditadura” foi finalista do Premio Iberoamericano de Periodismo de Investigación. Também investigamos a distribuição de água imprópria para consumo pelo governo do Ceará, as empresas responsáveis por fazer os estudos de impacto ambiental das maiores hidrelétricas no Brasil e como é produzida a maconha no Paraguai.

Agora, convidamos os repórteres espalhados pelo país a investigar as consequências da fome na vida dos brasileiros.

Precisamos te contar uma coisa: Investigar uma reportagem como essa dá muito trabalho e custa caro. Temos que contratar repórteres, editores, fotógrafos, ilustradores, profissionais de redes sociais, advogados… e muitas vezes nossa equipe passa meses mergulhada em uma mesma história para documentar crimes ou abusos de poder e te informar sobre eles. 

Agora, pense bem: quanto vale saber as coisas que a Pública revela? Alguma reportagem nossa já te revoltou? É fundamental que a gente continue denunciando o que está errado em nosso país? 

Assim como você, milhares de leitores da Pública acreditam no valor do nosso trabalho e, por isso, doam mensalmente para fortalecer nossas investigações.

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