O segundo mandato de Donald Trump já teve deportações em massa, desmonte no campo da ciência, fechamento da Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), ataques a programas de inclusão e diversidade, entre outras medidas que reverberam no mundo todo. Aqui na Agência Pública temos mostrado há algum tempo como grupos de direita se articulam pelo mundo para enfraquecer a democracia e atuar contra os direitos da população.
Sabemos que precisamos ficar de olho no governo Trump e em como ele afeta o Brasil e o mundo. Para isso, a partir desta semana, teremos um novo colunista na casa: o professor James Green. Green é professor emérito na Brown University, em Rhode Island, e seu trabalho foca a história e cultura do Brasil.
Em sua coluna na Pública, Green vai compartilhar suas percepções sobre o governo Trump em solo americano, analisar as estratégias e ações do governo, assim como as reações a elas. Ele vai explicar também como as ações do republicano reverberam no Brasil e por que isso importa para a vida dos brasileiros. A coluna vai ao ar sempre às terças-feiras.
Green conta que, desde a eleição de Donald Trump, tem recebido perguntas constantes sobre a situação nos Estados Unidos e sua análise da nova administração. “O novo presidente está falando sério sobre a implementação de muitas de suas promessas de campanha mais escandalosas? Até que ponto Trump representa uma ameaça real à democracia nos Estados Unidos e em outros países? Como podemos entender suas posições de política externa? Depois de interagir com o Brasil por mais de cinco décadas como ativista e acadêmico, essa coluna oferece uma oportunidade única de compartilhar com vocês minha interpretação das políticas de Trump e seu impacto nos Estados Unidos, no Brasil e em outras partes do mundo”, explica.
Hoje James Green está baseado em Nova York, mas entre 1976 e 1981 morou em São Paulo, estudou na Universidade de São Paulo (USP) e foi parte da resistência à ditadura militar. É autor dos livros Além do carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX (Editora da Unesp); Apesar de vocês: a oposição à ditadura brasileira nos EUA, 1964-85 (Companhia das Letras, 2009); Revolucionário e gay: a vida extraordinária de Herbert Daniel (Civilização Brasileira, 2018) e Escritos de um viado vermelho: política, sociedade e solidariedade (Editora da Unesp, 2024). Green é também cocoordenador nacional da Rede nos Estados Unidos pela Democracia no Brasil e presidente do Conselho Diretivo do Washington Brazil Office.
“Este é talvez um dos momentos mais importantes para que o público brasileiro possa ler análises fundamentadas e comprometidas com a democracia sobre o governo dos EUA. Como foi prometido pelo próprio Trump, este segundo mandato tem sido ainda mais radical, com o político desafiando os limites constitucionais do país e se articulando com quem também deseja fazer o mesmo no Brasil”, comenta Bruno Fonseca, chefe de redação da Pública.
Com a chegada de James Green, a Pública passa a ter cinco colunas semanais, que contribuem com o debate público sobre diferentes temas, além de informar nossos leitores. Natalia Viana, nossa diretora executiva, fala em sua coluna sobre o poder das big techs e estratégias que vêm sendo usadas ao redor do mundo para abalar democracias. O repórter Rubens Valente esmiúça informações da política nacional que passaram batido pelo noticiário. Já Giovana Girardi, nossa chefe da cobertura socioambiental, analisa como a crise climática afeta e é agravada por diferentes esferas da sociedade, da cerveja que você toma à geopolítica. No fim da semana, Marina Amaral, diretora executiva da Pública, compartilha sua visão sobre os principais fatos dos últimos dias.