EP 76 Pessoas trans no Brasil, orgulho e resistência
Reimaginar o Brasil é também pensar a construção de uma sociedade que inclua as diversas formas de expressão, identidade e sexualidade – as diferentes formas de existência. Quando falamos em especial da situação de pessoas trans em nosso país, os dados mostram o quão urgente é a garantia de direitos, além de uma transformação cultural onde a violência não seja mais tolerada e nem relativizada. Enquanto a média da expectativa de vida no Brasil é de 75,5 anos (IBGE), a expectativa de vida de pessoas brasileiras transsexuais é de apenas 35 anos, segundo dados do Dossiê da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), publicado em 2023.
Com baixa representação no mercado de trabalho e pouco acesso a políticas públicas especializadas, a vulnerabilidade social e o preconceito resultam em uma realidade marcada por violências e marginalização para essa população. Mas, apesar das desigualdades, o movimento de pessoas trans reivindicando espaços e direitos persiste, cada vez mais forte – alcançando inclusive representações no poder legislativo, com destaque para as deputadas Erika Hilton e Duda Salabert, por exemplo.
No Pauta Pública 76, Andrea Dip e Clarissa Levy conversam com o professor, pesquisador e transativista Bruno Santana, uma das pessoas que está na linha de frente dessa luta. Bruno é licenciado em Educação Física pela (UEFS), Pós-Graduado em Gênero, Diversidade e Direitos Humanos pela (UNILAB), além de ser um dos autores de Transmasculinidades Negras – Narrativas Plurais em Primeira Pessoa, publicado pelo Ciclo Contínuo Editorial.