EP 188 A literatura como caminho para a reparação histórica
Mesmo com as mulheres negras produzindo literatura nos últimos séculos, parte dessas obras só começou a ser reconhecida recentemente. Em 2025, Ana Maria Gonçalves, autora de “Um Defeito de Cor”, tornou-se a primeira mulher negra imortal na Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897. Um marco que expõe a baixa representatividade no mercado cultural brasileiro.
Para refletir sobre esses atravessamentos das desigualdades e o papel da escrita para repensar o país, Andrea Dip recebe no Pauta Pública desta semana a escritora, professora e jornalista Bianca Santana, autora de “Como me descobri negra” e “Apolinária”. Destaque na literatura brasileira contemporânea, a autora ressalta que, ao contar histórias silenciadas, a literatura negra é um passo na cura dos traumas deixados pela escravidão e pelo colonialismo.