Nos últimos anos, Maria Leusa Munduruku tem se destacado como um dos símbolos da luta contra o garimpo ilegal em territórios indígenas no Brasil.
Coordenadora da Associação de Mulheres Wakoborũn, ela virou alvo de ameaças constantes por protestar incisivamente contra a atividade. A Terra Indígena Munduruku (PA), onde nasceu e cresceu, é atualmente a segunda mais atingida pelo garimpo em todo o país, segundo levantamento do MapBiomas.
As intimidações recrudesceram durante o governo de Jair Bolsonaro. Em maio de 2021, a casa onde Maria Leusa morava com a família chegou a ser incendiada por indígenas Munduruku pró-garimpo, conforme apontaram investigações da Polícia Federal.
A jovem comunicadora Cleuniza Munduruku vive na mesma aldeia que a liderança indígena. Na videorreportagem produzida para a Agência Pública dentro do projeto Microbolsas Indígenas, ela traz um olhar sensível sobre como as ameaças e a luta contra o garimpo afetaram diversos aspectos da vida de Maria Leusa.
Conheça a autora
Cleuniza Munduruku
Cleuniza Munduruku é uma jovem comunicadora que integra o Coletivo Audiovisual Wakoborũn e vive na Terra Indígena Munduruku, no Alto Tapajós, Pará. Junto a outros jovens de seu povo, Cleuniza utiliza o audiovisual como ferramenta para fortalecer sua cultura tradicional e a luta contra as ameaças ao território, como o garimpo ilegal. Sawe!