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Nos dias 23 de março e 13 de abril, acadêmicos e especialistas se reúnem para conversar sobre democracia e direitos humanos e sobre notícias falsas no contexto das eleições

Da Redação
11 de março de 2022
15:00
Este artigo tem mais de 2 ano

Nos últimos dois anos, a ONU incluiu o Brasil em uma lista de 40 países em que a situação dos direitos humanos é “preocupante”. A Human Rights Watch alertou que o presidente Bolsonaro “tentou minar os fundamentos da democracia atacando o judiciário e repetindo alegações infundadas de fraude eleitoral”. Além disso, as duas últimas eleições foram marcadas por níveis de violência sem precedentes que chamaram a atenção de observadores internacionais. Ao mesmo tempo, pesquisadores são unânimes em apontar que notícias falsas e campanhas de desinformação serão ameaças centrais a um processo transparente e justo.

Por isso, no mês em que completa 11 anos de existência, a Agência Pública se junta ao David Rockefeller Center para Estudos Latinoamericanos, da Universidade de Harvard, para promover dois eventos que vão debater temas centrais para as eleições brasileiras de 2022. Os eventos serão online, gratuitos e com tradução simultânea para o português.  

No dia 23 de março, às 13h (horário de Brasília), será realizada a conversa “O mundo está assistindo: democracia e direitos humanos nas eleições de 2022 no Brasil”. Participam do evento Julissa Mantilla Falcón,  presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos; Steve Levitsky, autor do best-seller “Como as Democracias Morrem” e o jornalista Jamil Chade, especializado na cobertura internacional, com colunas no UOL e Grupo Bandeirantes. Eles vão discutir as ameaças à democracia e aos direitos humanos no Brasil antes das eleições e o caminho a seguir. A conversa será moderada por Sidney Chalhoub, Professor de História e Estudos Africanos e Afro-Americanos na Universidade de Harvard; e Natalia Viana, co-fundadora e co-diretora da Agência Pública e Nieman Fellow na Universidade de Harvard.

Em um cenário em que o presidente Jair Bolsonaro questiona a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro e chama as eleições anteriores de “manipuladas” – assim como Donald Trump fez em 2016 e 2020 -,  debater a circulação de notícias falsas é urgente. Mesmo que plataformas como Youtube, Facebook e Twitter tenham atuado para suspender informações falsas produzidas e compartilhadas por políticos, observadores afirmam que muito pouco foi feito desde então. 

A batalha contra as fake news nas eleições de 2022 é o tema do segundo evento, programado para o dia 13 de abril às 13h. Participam do painel Claire Wardle, co-fundadora e diretora executiva  do First Draft, projeto dedicado a combater a desinformação; Pablo Ortellado, Coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação (GPoPAI) da Universidade de São Paulo; e David Nemer, Professor Associado do Berkman Klein Center da Universidade de Harvard. Mediados por Sidney Chalhoub e Natalia Viana, eles vão discutir o que precisa ser feito para garantir eleições livres e justas no Brasil.

Para participar, é necessário se inscrever gratuitamente pelo site do David Rockefeller Center for Latin American Studies.

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