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Precisamos de você para retomar a investigação e lançar série em áudio sobre o escândalo que ficou escondido por décadas

Da Redação
14 de julho de 2023
07:00
Este artigo tem mais de 1 ano

Em abril de 2021, a Agência Pública publicou uma série de reportagens revelando que o fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, teria mantido uma rede de exploração sexual de meninas e mulheres por três décadas – sem jamais ser incomodado nem pela polícia, nem pela justiça, nem pela imprensa. Fizemos dezenas de entrevistas com vítimas e ex-funcionários das Casas Bahia e da família Klein que indicam que os abusos aconteciam até dentro da sede da empresa, em São Caetano do Sul (SP). 

Este caso é um dos maiores escândalos da história envolvendo um grande empresário — mas, diante dele, a imprensa brasileira se calou. A reportagem viralizou nas redes sociais, foi elogiada por jornalistas, influenciadores e celebridades, mas não recebeu destaque na TV nem em veículos de alcance nacional. 

Isso nos leva a crer que as engrenagens de poder, silêncio e impunidade que permitiram que a rede de exploração sexual perdurasse durante décadas ainda estavam operantes em 2021. E seguem operando até hoje. A história que ficou escondida por tantos anos agora corre o risco de ser apagada. 

É por isso que queremos retomar as investigações e lançar um podcast sobre o Caso Samuel Klein. E precisamos da ajuda do público para financiar este projeto. O que revelamos em 2021 era apenas a ponta do iceberg. Ainda há muito o que investigar. 

Pense bem: a rede de exploração sexual teria operado durante 30 anos. Quantas meninas e mulheres teriam sido vítimas do esquema de Klein durante esse período? Depois que a reportagem foi publicada, abrimos um canal de denúncias e várias mulheres nos procuraram para relatar o que aconteceu com elas, encorajadas pela matéria e buscando reparação. Queremos contar essas histórias e oferecer espaço para ouvir outras tantas que passaram pelo mesmo trauma. 

Além disso, Samuel Klein construiu um império e circulava nas mais altas esferas de poder enquanto teria cometido graves crimes contra meninas e mulheres. Quem mais sabia sobre o suposto esquema de exploração sexual e não fez nada? Alguém descobriu e foi silenciado?

A história desses crimes não envolve apenas o patriarca da família Klein. Saul Klein, um dos filhos de Samuel, é investigado desde 2020 por manter uma rede de aliciamento, prostituição e abusos, conforme revelado pelo UOL. Nesta sexta-feira (14), Saul foi condenado a pagar uma multa de R$ 30 milhões por submeter mulheres a escravidão sexual. Haveria semelhanças na forma de agir de pai e filho? 

Essas são só algumas das perguntas ainda não respondidas sobre o Caso Klein. Queremos continuar apurando as acusações de crimes sexuais contra o fundador das Casas Bahia porque um caso como esse não pode acontecer de novo. Nunca mais. 

Está na hora de a verdade vir à tona. Esse é o primeiro passo para combater a impunidade dos agressores. E só um veículo independente como a Pública pode mergulhar novamente nessa história para contá-la por completo. Afinal, a Pública existe para investigar o que ninguém investiga e publicar o que ninguém tem coragem. Mas, para isso, precisamos que o público esteja do nosso lado. 

A Pública precisa levantar R$ 90 mil até o dia 31 de agosto para retomar as investigações e produzir um podcast investigativo sobre este caso. Bancar um projeto como este significa investir em repórteres, equipamentos, viagens e advogados, já que corremos risco de retaliação. 

Você pode fazer sua doação única por pix (nossa chave é contato@apublica.org) ou virar Aliado da Pública, doar de forma recorrente e ainda receber em primeira mão novidades e bastidores sobre o podcast. Cada contribuição conta. Clique aqui e escolha a melhor forma de fazer parte desta empreitada.

Contamos com a sua ajuda para revelar este caso de uma vez por todas. O Brasil inteiro tem o direito de conhecer a história completa sobre os abusos da família Klein.

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