Buscar
Agência de jornalismo investigativo
Checagem

Jogo gratuito transforma alunos de ensino médio em checadores

Plano de aula foi traduzido por Agência Pública e Aos Fatos em comemoração ao Dia Internacional do Fact-Checking

Checagem
2 de abril de 2018
21:26
Este artigo tem mais de 6 ano
Perguntas vêm acompanhada de cartas com notícias para serem checadas
Perguntas vêm com trechos de notícias que serão checadas

Os moradores do país fictício de Agritânia vivem um dilema. Em breve haverá um referendo que decidirá sobre a introdução de transgênicos no país. Uma equipe de checadores do jornal Agritânia Hoje precisa analisar fatos que circulam sobre esse polêmico assunto para embasar a produção de cinco editoriais, a serem estampados na primeira página no dia da votação. Trata-se, na verdade, do “Cheque Isso!”, um plano de aula, em formato de jogo de RPG, criado com o objetivo de ensinar alunos do ensino médio a fazer fact-checking.

Produzido pela organização Factcheckers.it para a International Fact-Checking Network (IFCN), o material foi traduzido para o português pelo Truco – projeto de checagem de fatos da Agência Pública – e pela plataforma Aos Fatos, em comemoração ao Dia Internacional do Fact-Checking, em 2 de abril. O público-alvo são estudantes de 15 anos ou mais, e o exercício tem duração prevista de duas horas. O plano de aula está disponível gratuitamente para download no site www.factcheckingday.com. Basta fazer um cadastro na página.

O material está dividido em três partes. O Guia do Professor traz as instruções para a aplicação em sala de aula, com as regras do jogo e o tempo previsto para cada etapa. Há também o Guia de Checagem de Fatos, uma compilação de ferramentas e dicas que deve ser distribuída para os alunos. Os jovens vão aprender, por exemplo, a verificar a confiabilidade de um site, a analisar se uma imagem ou um vídeo são verdadeiros ou a descobrir a reputação de um estudo científico.

A última parte é o material do jogo “Cheque Isso!”, composto por cinco conjuntos com 25 cartas no total. Cada um deles consiste em uma pergunta que traz cinco peças noticiosas para serem checadas, com informações verdadeiras, distorcidas e falsas. Cada conjunto, por sua vez, vem acompanhado de um painel com quatro títulos e parágrafos reproduzindo opiniões diferentes sobre essa questão. Depois que a análise das cartas de notícias for feita, os estudantes vão indicar o editorial que acham mais apropriado no painel. Se não concordarem com nenhuma das alternativas apresentadas, também podem criar seu próprio título e o texto. Os resultados são depois compartilhados por todos na sala de aula.

Os conjuntos de perguntas incluem também uma folha de informações para os professores, com explicações e links sobre as cartas de notícias, para auxiliar na avaliação das checagens produzidas pela turma. Se os alunos não tiverem nenhum tipo de conhecimento sobre fact-checking, é aconselhável fazer uma aula introdutória antes de partir para o exercício proposto no plano de aula. Todos os dados presentes no jogo foram conferidos até o dia 15 de março de 2018.

Algumas das cartas incluídas no plano de aula
Algumas das cartas incluídas no plano de aula voltado para alunos do ensino médio
Reprodução
Reprodução

ELON MUSK é parça de Bolsonaro, Trump e benfeitor na Amazônia e no Rio Grande do Sul? Já se perguntou quais são as intenções de Elon Musk no Brasil? A Pública vai investigar os interesses e negócios do homem mais rico do mundo em nosso território. O magnata da tecnologia mundial promove desinformação e já é investigado por órgãos públicos em diversos países. O jornalismo independente da Pública pode trazer revelações inéditas sobre Elon Musk. Mas um trabalho desse tamanho só pode ser realizado com a ajuda de nossos leitores. Por isso precisamos de, pelo menos, 700 novos Aliados ao nosso lado nesta investigação, que vai render uma série de reportagens especiais.

Clique aqui e faça parte desta investigação!

Não é todo mundo que chega até aqui não! Você faz parte do grupo mais fiel da Pública, que costuma vir com a gente até a última palavra do texto. Mas sabia que menos de 1% de nossos leitores apoiam nosso trabalho financeiramente? Estes são Aliados da Pública, que são muito bem recompensados pela ajuda que eles dão. São descontos em livros, streaming de graça, participação nas nossas newsletters e contato direto com a redação em troca de um apoio que custa menos de R$ 1 por dia.

Clica aqui pra saber mais!

Quer entender melhor? A Pública te ajuda.

Truco

Este texto foi produzido pelo Truco, o projeto de fact-checking da Agência Pública. Entenda a nossa metodologia de checagem e conheça os selos de classificação adotados em https://apublica.org/truco. Sugestões, críticas e observações sobre esta checagem podem ser enviadas para o e-mail truco@apublica.org e por WhatsApp ou Telegram: (11) 99816-3949. Acompanhe também no Twitter e no Facebook. Desde o dia 30 de julho de 2018, os selos “Distorcido” e “Contraditório” deixaram de ser usados no Truco. Além disso, adotamos um novo selo, “Subestimado”. Saiba mais sobre a mudança.

Leia também

Plano de aula gratuito ensina estudantes a checar informações

Por

Agência Pública traduz material produzido pelo Instituto Poynter para celebrar o Dia Internacional do Fact-Checking

O que é fact-checking?

Notas mais recentes

Brumadinho: Familiares de vítimas buscam justiça no STJ, mas encontram gabinetes vazios


Palestrante aponta discriminação em voo da Azul enquanto ia a evento do MP sobre racismo


Brasil Paralelo mira geografia e ciências sociais após curso que desinforma sobre história


Projeto que pune aborto como homicídio é denunciado na Comissão Interamericana


PT quer ‘suavizar’ PL que equipara aborto a homicídio, mas texto ainda punirá mulheres


Leia também

Plano de aula gratuito ensina estudantes a checar informações


O que é fact-checking?


Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes