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Retrospectiva do Pauta Pública discute o tema das distopias

Episódio especial revisita acontecimentos de 2024 que reforçam a sensação de crise permanente no Brasil

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20 de dezembro de 2024
08:00

Retrospectiva do Pauta Pública discute o tema das distopias

20 de dezembro de 2024 · Episódio especial revisita acontecimentos de 2024 que reforçam a sensação de crise permanente no Brasil

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O Pauta Pública inicia sua retrospectiva de 2024 com um tema inquietante: as distopias. O primeiro episódio especial resgata momentos e análises que ajudam a entender um ano marcado por tentativas de golpe de Estado, o crescente consumo de apostas online e crises na segurança pública. Essas questões foram debatidas ao longo da temporada com especialistas como a antropóloga Letícia Cesarino, o pesquisador Altay de Souza e o sociólogo José Cláudio Souza Alves, cujas reflexões retornam neste episódio.

No episódio Mundo do avesso e crise permanente – com Letícia Cesarino, a antropóloga avalia como as teorias da conspiração, vídeos deepfake e campanhas de difamação constroem realidades paralelas das quais é muito difícil escapar. Ela detalha o circuito que conecta ideias de pertencimento, lógicas de guerra e a construção de inimigos comuns, resultando em discursos de ódio e tentativas de golpe. “As plataformas criam um ambiente de crise permanente, porque funcionam em uma velocidade tão grande, com conteúdos tão díspares, que a nossa cognição entra num modo de crise”, avalia a especialista.

Em Azar ou vício: vivemos uma epidemia de apostas online? – com Altay de Souza, o pesquisador traz uma análise que conecta aspectos psicológicos e sociais ao crescimento das apostas online, as chamadas bets. Segundo ele, esses mecanismos, que já movimentavam cerca de 1% do PIB brasileiro (dados da XP Investimentos), configuram um problema de saúde pública. “A bet é um problema de saúde pública porque pulveriza o acesso a esse tipo de fraude. Eu considero fraude, igual esquema de pirâmide. Ou seja, vai aprofundar as nossas desigualdades, manter as mesmas relações terríveis que a gente tem até hoje e condenar um contingente cada vez maior de pessoas a viver uma vida que eles não merecem viver.”

Para fechar o especial sobre utopias, os trechos extraídos de Milícia e Estado, é só o começo? – com José Cláudio Souza Alves trazem as principais reflexões propostas pelo sociólogo que foi uma das primeiras pessoas a estudar as milícias no Brasil. Após a Polícia Federal prender o deputado federal Chiquinho Brazão, o seu irmão, Domingos Brazão, então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, acusados de encomendar e articular a morte de Marielle Franco, José Cláudio Souza descreve em entrevista ao Pauta Pública as condições que explicam a deterioração da segurança pública e a ligação entre Estado e milícia.

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