Adalclever Lopes exagera no período de obras do Hospital Regional de Sete Lagoas

O candidato aumentou em três anos o início de sua construção, que, de fato, está paralisada em meio a investigações de fraudes na licitação e execução das obras

Contas Públicas Saúde

Natalia Vieira
2 minutos

“[Sobre hospitais regionais com obras paradas,] é o caso do Hospital Regional de Sete Lagoas, com obras iniciadas em 2008 e sem estimativa de entrega”, Adalclever Lopes, do MDB, em publicação de sua rede social.

Apesar de Adalclever estar certo ao explicar a situação atual do Hospital Regional de Sete Lagoas, que realmente está com suas obras paradas, o candidato exagerou em três anos o início da construção.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), as obras foram iniciadas em 2011. Em 2009 e 2010 foram celebrados convênios para a construção, mas ambos foram cancelados. Outros dois convênios foram celebrados em 2011 e 2013 e, então, foram repassados recursos para a construção da obra através dos convênios.

Apesar de uma postagem no site do Conselho Estadual de Saúde apontar que as obras tiveram início em 2008, tanto a Secretaria de Saúde de Sete Lagoas quanto a estadual confirmaram que as obras foram iniciadas apenas em 2011. Procurado pelo Truco, o Conselho Estadual não soube informar a fonte que teria informado a data de 2008 como início das obras.

Por isso, como o candidato aumentou o período de obras, o Truco nos Estados —  projeto de checagem de fatos da Pública —  classifica a afirmação como exagerada.

Obras do hospital foram paralisadas há cerca de três anos

De acordo com a Secretaria de Saúde de Sete Lagoas, a construção do hospital foi paralisada em 2015 devido à falta de recursos que deveriam ser repassados pelo Estado de Minas Gerais. Como o repasse não foi feito, não há previsão para as obras recomeçarem e serem finalizadas. Segundo a Secretaria de Saúde de Sete Lagoas, existe atualmente convênio em vigência (2103/2013) com o governo de Minas Gerais no valor global de R$ 37.952.747 para conclusão da obra.

A SES-MG explicou que existe desde 2015 uma auditoria em curso nos contratos das intervenções do hospital pela Controladoria Geral do Estado. O Ministério Público de Minas Gerais abriu investigação para apurar possíveis irregularidades na licitação e execução das obras. Maurílio Bretas, sócio-administrador da Construtora Waldemar Polizzi Ltda (CWP), responsável pelas obras, foi preso durante a Operação Aequalis da Polícia Federal, acusado de participar do desvio de cerca de R$14 milhões na construção do complexo Hidroex, em Frutal.

Procurada, a assessoria do candidato não respondeu até a publicação da checagem.

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