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Cartilha de segurança no campo e digital consolida alguns protocolos adotados ao longo dos anos pela Agência Pública; adquira gratuitamente

Da Redação
1 de outubro de 2020
12:01
Este artigo tem mais de 3 ano

Criada por repórteres mulheres em 2011, a Agência Pública é a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil. Nossas reportagens investigativas são pautadas pelo interesse público e feitas com base na rigorosa apuração dos fatos e na defesa intransigente dos direitos humanos. Em reconhecimento a esse trabalho, somos hoje o veículo mais premiado no Brasil de acordo com o ranking da Jornalistas & Cia de 2019. 

Esta cartilha é fruto da nossa experiência ao longo dos últimos anos, sobretudo nas coberturas na região da Amazônia brasileira. Buscamos aqui, compartilhar o que aprendemos em termos de segurança da equipe em campo desde o primeiro projeto, Amazônia Pública, em 2012, até o atual projeto Amazônia sem Lei, que investiga a violência contra as comunidades. 

Ao longo desses oito anos, investigamos a questão da propriedade da terra na Amazônia e a resistência dos povos indígenas, ribeirinhos e agricultores familiares contra a espoliação e a expulsão das comunidades de seu território. Mais de 200 reportagens foram publicadas sobre o tema — muitas vezes envolvendo violência, muitas vezes associada ao crime organizado — e, portanto, com situações de perigo para fontes e repórteres. 

Dar voz e respeitar o protagonismo dos que vivem na terra e a ela têm direito, é um compromisso jornalístico que caminha junto com a investigação do poder público e dos interesses privados que ameaçam os direitos humanos e o meio ambiente. Muitas dessas reportagens resultaram em ações efetivas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário na apuração das denúncias, um resultado importante do jornalismo de impacto praticado pela nossa organização.

Cientes da importância de ter cada vez mais gente trabalhando com esses temas, dividimos aqui nossos protocolos de segurança para nossas equipes de reportagem e para que seu contato com as comunidades não agrave as graves situações de risco que a maioria delas enfrenta. E isso se refere tanto à segurança física no campo como à segurança digital, cada vez mais importante para preservar fontes e informações obtidas da apuração à publicação da reportagem. 

A sistematização de fatores como a análise de riscos envolvidos numa viagem e a elaboração de um plano de emergência, bem como o levantamento prévio de informações sobre o trajeto, meios de transporte, locais de hospedagem, fontes locais, contatos de emergência, entre outros, será tratada na primeira parte da cartilha, que fala de segurança no campo. 

No segundo bloco, o de segurança digital, disponibilizamos um diagnóstico elaborado pelos profissionais Adriano Belisário e Lucas Teixeira, da Escola de Dados, e posto em prática pela Pública. Além disso, para todos os casos fomos buscar informações em outras fontes fidedignas para complementar nossa pesquisa.

Por isso, é importante registrar: o material a seguir não tem a pretensão de ser definitivo — nem poderia. Em constante atualização e adaptação às diferentes realidades, este conteúdo é uma contribuição para melhor planejar e prevenir.

Adquira a cartilha gratuitamente nesse link.

Caco Bressane/Agência Pública

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