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Estaremos de olho em temas como desinformação, violência eleitoral e nos governadores com agenda antiambiental dos estados da Amazônia

Da Redação
21 de julho de 2022
14:00
Este artigo tem mais de 2 ano

As eleições deste ano serão fundamentais para definir os rumos de nossa democracia. Por isso, nos próximos meses, a equipe da Agência Pública vai ganhar reforços para monitorar a desinformação que circula nas redes e influencia o debate público. Também vamos cobrir a violência política no país; os candidatos ao governo dos estados da Amazônia Legal; as pautas sobre gênero e a atuação de fundamentalistas religiosos e grupos conservadores contra elas. Durante a cobertura eleitoral, vamos contar com acadêmicos que vão analisar desinformação. Além disso, o repórter Rubens Valente passa a fazer parte de nossa equipe.

Na próxima segunda-feira, 25/07, vai ao ar o Sentinela Eleitoral, projeto que vai investigar e analisar as redes de manipulação do debate público (fake news). Em parceria com o pesquisador David Nemer e o Berkman Klein Center for Internet & Society da Universidade de Harvard, vamos publicar reportagens sobre campanhas de desinformação relacionadas às eleições de 2022. O projeto terá um site próprio, que vai conter, além das investigações da equipe de repórteres premiados, análises de pesquisadores acadêmicos. 

Também a partir da próxima segunda-feira, nossa diretora-executiva, Natalia Viana, passa a assinar a newsletter Democracia em Xeque. Nos artigos, exclusivos para a newsletter, Natalia vai analisar eventos e estratégias para enfraquecer a democracia, no Brasil e no mundo. A newsletter foi elaborada durante seu período de permanência na Universidade de Harvard, como fellow da Fundação Nieman. A assinatura é gratuita e pode ser feita através deste link.

Nossa equipe também vai cobrir as disputas aos governos estaduais, com foco nas políticas ambientais, na série Governadores contra o Clima. Vamos investigar governadores dos estados da Amazônia que são candidatos à reeleição e operadores locais da agenda antiambiental e anti-índigena de Bolsonaro. Nossos repórteres vão olhar para as alianças que os sustentam, os impactos de políticas estaduais de meio ambiente de seus últimos mandatos e o favorecimento dos setores econômicos (formais e informais) a que os governadores estão ligados. Serão feitas reportagens em Rondônia, Mato Grosso, Acre, Amazonas e Roraima.

Pública vai monitorar desinformação, violência eleitoral e os governadores com agenda antiambiental dos estados da Amazônia

Rubens Valente estreia coluna 

Ao longo de nossos 11 anos, temos feito diversas investigações na Amazônia. A última delas foi a cobertura in loco do desaparecimento e assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips no Vale do Javari, acontecimento intimamente ligado ao desmonte das políticas ambientais promovido pelo governo Bolsonaro. Um dos repórteres que enviamos ao Vale do Javari foi Rubens Valente, jornalista com mais de 30 anos de experiência e passagens pelos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e UOL. 

Agora, Rubens passa a fazer parte da equipe fixa da Agência Pública, com uma coluna própria aqui no site, onde vai publicar reportagens e informações exclusivas, com foco em temas socioambientais e políticos. A coluna estreia ainda neste mês e poderá ser republicada, desde que com os devidos créditos e link para a postagem original no site da Pública .

Rubens Valente recebeu mais de 20 prêmios nacionais e internacionais durante a carreira

Violência nas Eleições

Acontecimentos como o lançamento de veneno e de bombas em eventos políticos e o assassinato do petista Marcelo Arruda por um bolsonarista mostram que a violência política será novamente um tema a ser investigado nas eleições deste ano.

Por isso, mais uma vez vamos fazer um levantamento extensivo dos casos de violência nas eleições, como feito em 2018 e em 2020. Em 2018 o levantamento da Pública mostrou que apoiadores de Bolsonaro realizaram pelo menos 50 ataques violentos pelo país. Neste ano, nossa equipe também vai recolher relatos através de um questionário online, a partir de agosto. As histórias enviadas serão checadas pelos jornalistas da Pública.

Como organização que tem coberto o tema há 4 anos, o levantamento da Pública poderá servir de base para analisar o recrudescimento, a autoria, a geolocalização e as repercussões da violência eleitoral. 

A Agência Pública disponibiliza todo seu conteúdo para republicação gratuita. Não será diferente com a cobertura de eleições. Veículos nacionais e internacionais podem republicar as reportagens, desde que na íntegra e com créditos à Pública e aos repórteres no início dos textos. Todas as informações sobre republicações e o formulário de inscrições para receber as reportagens por e-mail estão em nossa página sobre republicações.

Elza Fiúza/ABr
Alice Vergueiro/Abraji

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