As previsões para a economia são bem negativas, segundo o próprio governo federal. O Produto Interno Bruto (PIB) deve ter retração de 1,49% este ano e a inflação deve ficar em 9%, de acordo com estimativas do Ministério do Planejamento. Mas a senadora está enganada ao afirmar que o setor agrícola é o único que registrou um desempenho positivo em 2015. O setor de serviços também teve um bom resultado.
Nessa área, que concentra o maior número de postos de trabalho do país, houve crescimento de 1,1% em maio em relação ao mesmo período do ano passado. Embora tenha sido a segunda menor alta desde que as medições começaram, em 2012, não foi um índice negativo. Em 2015, os primeiros cinco meses registraram aumento acumulado de 2,3%. Em 12 meses, a alta foi de 3,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em julho.
Isso não significa que todos os estados tiveram resultado positivo na comparação entre maio deste ano e maio do ano passado. A retração no setor de serviços atingiu o Distrito Federal e 10 estados – a maior, de -8,6%, ocorreu no Amazonas. O que assegurou o resultado positivo no índice geral foi o crescimento registrado em 16 deles – o maior foi em Rondônia, de 12,9%.
O setor de franquias cresceu 9,2% no primeiro trimestre deste ano, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF). E o setor financeiro tem conseguido lucros altos. O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no segundo trimestre de 2015. O do Bradesco foi de R$ 4,4 bilhões. Já o Santander Brasil conseguiu R$ 3,8 bilhões e o Banco do Brasil, R$ 3 bilhões.