Buscar

Na quarta reportagem do Especial África, o diplomata Celso Amorim conta como e por que o Brasil desembarcou na África nesse século 21

Reportagem
14 de março de 2016
12:00
Este artigo tem mais de 8 ano

É um Celso Amorim informal o que nos recebe em seu apartamento em Copacabana, iluminado pela tarde de verão. Longe de governos e dos rituais de sua profissão, o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa respondeu abertamente às perguntas da Pública com bom humor e pragmatismo. Não assumiu a defensiva nem quando questionado a respeito da relação do país com governos autoritários, como o de Angola.

“O planeta Terra é  um grande condomínio, eu não posso ficar escolhendo meus vizinhos”, brincou. “Todos aqueles que partiram para impor o bem, causaram mais mal do que bem. Exemplos recentes: Iraque, Líbia…”

Orgulhoso de ter participado da aproximação entre Brasil e África no governo Lula, defende a política adotada pelo ex-presidente, de apoiar as empresas brasileiras na África. “Se você está apoiando uma empresa brasileira em relação a uma chinesa ou uma russa ou uma norte-americana é o que todos os países fazem!”. E garante: ganhar dinheiro não era a prioridade do Brasil no continente africano.

“Haviam razões comerciais também, mas eu não diriam que elas predominaram. Elas eram importantes um pouco até para satisfazer o apetite da mídia brasileira”, disse, afirmando que havia um “racismo subconsciente” que apontava como inútil a aproximação entre Brasil e África.

Confira a entrevista concedida em outubro de 2015 a Eliza Capai, Marina Amaral e Natalia Viana.

Entrevista Celso Amorim_Final from Agência Pública on Vimeo.

 

Não é todo mundo que chega até aqui não! Você faz parte do grupo mais fiel da Pública, que costuma vir com a gente até a última palavra do texto. Mas sabia que menos de 1% de nossos leitores apoiam nosso trabalho financeiramente? Estes são Aliados da Pública, que são muito bem recompensados pela ajuda que eles dão. São descontos em livros, streaming de graça, participação nas nossas newsletters e contato direto com a redação em troca de um apoio que custa menos de R$ 1 por dia.

Clica aqui pra saber mais!

Se você chegou até aqui é porque realmente valoriza nosso jornalismo. Conheça e apoie o Programa dos Aliados, onde se reúnem os leitores mais fiéis da Pública, fundamentais para a gente continuar existindo e fazendo o jornalismo valente que você conhece. Se preferir, envie um pix de qualquer valor para contato@apublica.org.

Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes