A Agência Pública lançou no mês passado em parceria com a Oxfam Brasil um chamado para que repórteres independentes de todo o país proponham pautas sobre fome. Nos últimos anos, o número de brasileiros em situação de pobreza extrema voltou a subir. O aumento foi 11,2% entre 2016 e 2017, segundo a Pnad. Neste contexto de mudanças profundas em pouco tempo e com o risco de o Brasil voltar a figurar no Mapa da Fome da ONU, consideramos importante aprofundar os debates sobre o tema por meio de reportagens investigativas.
O prazo para inscrições será prorrogado até às 23h59 do dia 30 de setembro. Os repórteres interessados em participar das Microbolsas Fome têm então mais nove dias para pensar, pré-apurar e propor uma pauta. Os quatro vencedores serão definidos pelos diretores da Agência Pública e da Oxfam Brasil e os nomes serão anunciados no dia 10 de outubro aqui pelo site e em nossas redes sociais.
Os repórteres selecionados recebem uma bolsa de 7 mil reais e a mentoria da Agência Pública para realizar a reportagem. Os editores da Pública terão reuniões periódicas com os jornalistas, vão editar as reportagens, publicar e distribuir o material para veículos parceiros.
As inscrições devem ser feitas por este formulário. Leia também o regulamento e as perguntas frequentes sobre o projeto.
Para fazer a inscrição, é necessário enviar um resumo da pauta, pré-apuração, plano de trabalho e orçamento, além de uma biografia do autor e reportagens já produzidas. Serão levados em conta a consistência da pré-apuração, experiência do repórter na realização de reportagens investigativas, segurança e viabilidade da investigação e ineditismo e relevância da pauta.
Esta é a 9ª edição das Microbolsas, projeto que nasceu em 2012 e já viabilizou mais de 30 reportagens. Foi com as investigações feitas por microbolsistas que começamos a investigar o Poder Judiciário. A reportagem “Severinas”, resultado da segunda edição do projeto, foi finalista do Prêmio Gabriel Garcia Marquez em 2014. Também investigamos a distribuição de água imprópria para consumo pelo governo do Ceará, as empresas responsáveis por fazer os estudos de impacto ambiental das maiores hidrelétricas no Brasil e como é produzida a maconha no Paraguai.
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