Buscar

O que é o Truco Popular Na reta final da campanha, convidamos nossos leitores para trucar os candidatos. As perguntas mais curtidas em nossa página no Facebook foram enviadas para as campanhas. Confira o que os candidatos já responderam: Pergunta do leitor Vinicius Sartorato: “Alckmin, Bornhausen e Malafaia fazem parte da ‘Nova Política’?” Resposta da campanha de

Checagem
30 de setembro de 2014
00:36
Este artigo tem mais de 10 ano

O que é o Truco Popular

Na reta final da campanha, convidamos nossos leitores para trucar os candidatos. As perguntas mais curtidas em nossa página no Facebook foram enviadas para as campanhas.

Confira o que os candidatos já responderam:

Pergunta do leitor Vinicius Sartorato:

“Alckmin, Bornhausen e Malafaia fazem parte da ‘Nova Política’?”

Resposta da campanha de Marina Silva (PSB):

““A nova política não é um monopólio da direita nem da esquerda, é praticada pela sociedade. Esse discurso de que um grupo é o supremo bem e o outro é o supremo mal é uma visão autoritária. A nova política está sendo feita pela sociedade brasileira, que tem capacidade de fazer as mudanças que o Brasil precisa”, já afirmou Marina. “Estamos comprometidos com uma campanha séria, com respeito aos adversários, aos eleitores e com firmeza e clareza”, disse Marina Silva no debate da Record, no dia 28 de setembro.

A coligação Unidos pelo Brasil é aliança nacional dos partidos PSB, PPS, PHS, PRP, PPL e PSL que tiveram (e têm) a liberdade de fazer acordos regionais com outros partidos. Em respeito a seu compromisso com Eduardo Campos, Marina honrou todos os acordos regionais e um deles foi com Alckmin. Nova política não é chegar como convidado e começar a dar ordens ou desrespeitar o legado do companheiro que se foi – de maneira trágica.

Já Paulo Bornhausen, candidato ao governo de Santa Catarina pelo PSB, é um deputado federal atuante e ligado aos anseios da sociedade, com participação decisiva na aprovação da Ficha Limpa. Marina ainda afirma que “para construir um Brasil novo, é preciso ter senadores e deputados atuantes, que encarem as necessidades de mudança e que saibam ouvir a sociedade”. Ninguém deve ser desconsiderado unicamente por conta de seu sobrenome.

Silas Malafaia não tem qualquer relação com Marina. Inclusive, há anos vem fazendo críticas a ela nas redes sociais. No Parlamento, Marina nunca fez parte da bancada evangélica porque sempre separou política de religião. Ela nunca fez da religião sua plataforma política e sua atuação política sempre foi pautada pelo desenvolvimento sustentável e justiça social.”

Pergunta do leitor João Pedro:

“Você acha que privilegiar o ensino técnico para formar mão-de-obra barata através do PRONATEC é mais importante do que garantir aos estudantes uma formação crítica com matérias como Filosofia e Sociologia, que ajudam o indivíduo a entender e se localizar no tecido social?”

Resposta da candidata Dilma Rousseff (PT):

“João Pedro, o ensino técnico não é mais importante nem menos importante que o ensino universitário. Eles são complementares. Uma disciplina não é mais importante nem menos importante que outra. Elas se complementam.

Nós, desde o primeiro governo Lula, estamos investindo fortemente em todos os níveis de ensino. Por exemplo, construímos, mais que qualquer outro governo, 18 novas universidades e 173 campi universitários. Criamos mecanismos extremamente eficientes de inclusão educacional como o Prouni, o Reuni e o Fies (que incrementamos).

Mas ao mesmo tempo investimentos fortemente no ensino técnico. Em quase 100 anos, até 2002, o Brasil tinha construído 140 escolas técnicas. De lá para cá, isto é, em apenas 12 anos, construímos mais 422. Além disso, lançamos o Pronatec, que já abriu mais de 8 milhões de vagas em cursos profissionalizantes. Se for reeleita, esse número será ampliado para 12 milhões. Não se trata de formar mão-de-obra barata, João Pedro, como você afirma na sua pergunta. Ao contrário, trata-se de qualificar profissionalmente um número cada vez maior de trabalhadores brasileiros, o que lhes permitirá ganhar melhores salários e conquistar empregos melhores. Tanto isso é verdade que a procura pelo Pronatec tem sido simplesmente espetacular.

Ou seja, no meu governo foram abertas oportunidades de estudo universitário e técnico a milhões e milhões de brasileiros que, de outra forma, não teriam como estudar. E isso é, de longe, o mais importante.

A crítica que fiz foi ao currículo do ensino médio, que precisa ser reformulado. Os estudantes não se sentem atraídos por um curso que inclui nada menos que 12 disciplinas. O que proponho é fazer uma reforma estruturada, pensada, que não seja definida por um simples decreto presidencial e sim que seja fruto de um amplo debate, que inclua os professores e tenha também participação também dos Estados e Municípios. E que tenha como resultado despertar o interesse da nossa juventude por aprender e estudar cada vez mais.”

Pergunta do leitor Bruno Garcia:

Na sexta-feira, dia 12/09, a candidata Luciana Genro concedeu entrevista de quase 1h aos jornalistas Fernando Canazian e Lígia Mesquita para o TV Folha. A entrevista foi uma verdadeira aula de política e economia. A TV Folha publicou a entrevista com a manchete “Luciana Genro Defende a Invasão de Imóveis para Moradia”. Se eleita, que medidas o futuro governo do PSOL poderia tomar para que a população seja melhor informada e não manipulada?

Resposta da candidata Luciana Genro (PSOL):

Bruno, obrigada pela pergunta. Temos feito campanha falando verdades e apontando soluções que nenhuma candidatura pode fazer. Conquistamos um largo reconhecimento da sociedade brasileira e isso foi conquistado contra a vontade dos grandes monopólios de comunicação. Nossas principais trincheiras são, além da campanha nas ruas, os debates, em que os canais de televisão são obrigados por lei a nos convidar, e a internet.

Sobre a manchete da TV Folha é simplesmente lamentável. Quem assiste a entrevista vê bem o que defendemos: a destinação de imóveis vazios, destinados à especulação imobiliária, para famílias que não tem teto.

Nosso país vive uma situação única nas grandes democracias. Quinze famílias controlam os meios de comunicação de massa, especialmente a televisão, que ainda é o grande meio de informação da maior parte da população brasileira.

Existem várias medidas que podem ser implementadas imediatamente, apenas cumprindo a lei já existente. A primeira é fazer cumprir a proibição de propriedade direta, ou por meio de parentes ou laranjas, de concessões de rádio e TV por políticos. Em todos os estados do Brasil, os políticos controlam um ou mais canais de televisão e de rádio. Nossa proposta é fazer uma verificação desses casos e cancelar as concessões.

Outra medida, já implementada em países inclusive do centro do capitalismo, portanto não se trata de uma medida socialista, é a proibição da propriedade cruzada dos meios de comunicação. A Rede Globo não é, e nunca foi, apenas um grupo de comunicação, mas sim um grupo de poder, para muitos o principal partido político brasileiro. A família Marinho, que está entre as mais ricas do Brasil e será atingida no dia que for regulamentado o Imposto sobre Grandes Fortunas, não permite uma cobertura minimamente isenta. Tomaram a decisão de escolher três candidatos, supostamente legitimados por pesquisas eleitorais altamente contestáveis. Além destas duas medidas, sintetizo outros pontos de nosso programa para democratização da comunicação, que você encontra detalhado no www.lucianagenro.com.br/programa/comunicacao.

Reservar espaços iguais para os sistemas público, privado e estatal no rádio e na TV e criar um sistema público gerido por um Conselho Nacional de Comunicação com participação da sociedade civil e independência de governos; Criar o Fundo de Comunicação Pública como principal ferramenta de um sistema de financiamento público independente dos governos para comunicação pública e comunitária; Fortalecer as emissoras comunitárias; Definir a internet como serviço fundamental, colocando a prestação do serviço em regime público para universalizar o acesso e estabelecer metas de qualidade; Elaboração de regulamentação do Marco Civil da Internet de maneira a garantir a neutralidade da rede e proteger a privacidade dos usuários de Internet; Garantia de cotas de produções nacional, regional e independente na TV e no rádio; Regulamentação do direito de resposta, incluindo direitos difusos e coletivos e Direito de antena.

Quero registrar meu agradecimento ao Intervozes, ao Fórum Nacional de Democratização da Comunicação e à Setorial de Comunicação do PSOL que ajudaram na consolidação do nosso programa para a área.

Pergunta do leitor Rafael Miranda:

As candidaturas separadas dos partidos de esquerda PCB, PSTU, PCO e PSOL tem grande poder pedagógico mas pouco poder político. Não seria importante, em 2018, uma união (política e de ideias) dos partidos de esquerda para oferecer uma via democrática e socialista aos eleitores?

Resposta do candidato Mauro Iasi (PCB):

Não é de hoje que o PCB tem defendido uma unificação das esquerdas socialistas. Foi desta maneira que participamos ativamente da Frente de Esquerda em 2006, quando fui candidato a vice-governador na chapa de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e militamos pela construção coletiva de uma candidatura popular em 2010. Essa foi uma experiência muito rica.

Mas sempre afirmamos que a frente de esquerda não pode ser uma mera coligação eleitoral. O que nos une efetivamente é nossa participação nos movimentos sociais e populares que resistem aos ataques da burguesia contra os trabalhadores. Para além desta resistência, é preciso avançar na composição de um programa político comum que subsidie a formação de uma alternativa real de poder popular e socialista no Brasil. Na América Latina, a exemplo das experiências de frentes de esquerda no Uruguai e no Chile de 1970, essa unidade programática e eleitoral foi fruto de uma longa resistência diante do domínio dos partidos de direita. No caso do Brasil, vivemos um momento de derrota das esquerdas revolucionárias e socialistas, materializada pelo governo do PT, que optou pelo pacto social. É uma fragmentação da classe, expressa na sua representação política. Não é uma questão de má vontade.

Eleitoralmente nem sempre é possível marcharmos juntos, uma vez que uma construção política não pode ser feita em cima da hora, por conveniências eleitorais. Até porque estamos falando de partidos de esquerda que prezam por suas convicções e formulações. Existem diferenças programáticas entre nós, mas isso não quer dizer que, no futuro, não seja possível construir uma Frente Anticapitalista que tenha caráter permanente e que se expresse mesmo sob a forma de uma unidade orgânica. Temos certeza de que a unidade que existe entre nós nos principais pontos de combate à exploração capitalista, ao imperialismo, aos ataques aos direitos, à criminalização dos movimentos sociais e políticos, à violência policial, às discriminações e preconceitos, continuará se dando concretamente nas lutas dos trabalhadores e dos setores populares. As jornadas de junho e as lutas sociais ocorridas em 2013 exigiam que apresentássemos, nestas eleições, uma pauta de mudanças radicais e um claro questionamento à ordem burguesa, apontando claramente para o objetivo de construção do Poder Popular no rumo da revolução socialista. Por isso, o PCB acreditou ser necessário apresentar sua candidatura.

É preciso, por fim, esclarecer que, nos estados, o PCB lançou 14 candidaturas próprias a governador, mas participa de cinco coligações da frente de esquerda que inclui o PSOL e o PSTU: Marta Jane (PCB e PSTU), Goiás; Ailton Lopes (PSOL, PCB e PSTU), Ceará; Maklandel Aquino (PSOL e PCB), Piauí; Sônia Meire Azevedo de Jesus (PSOL, PCB e PSTU), Sergipe; Toninho (PSOL, PCB e PSTU), Distrito Federal.

Pergunta do leitor André Luiz Borges Pompeu na página do candidato:

Candidato, o que o senhor acha sobre a isenção fiscal das igrejas no Brasil?

Resposta do candidato Eduardo Jorge:

Sou contra. O Programa Viver Bem, Viver Verde – Diretrizes do PV para o Brasil propõe uma reforma tributária que vai simplificar a vida de todos, a partir da proposta do Imposto Único Arrecadatório Federal, projeto de Marcos Cintra. A reforma tributária é para todos, inclusive para as igrejas.

Pergunta do leitor Douglas Winck na página da Pública:

Eduardo, caso o senhor seja eleito, como você pretende cortar drasticamente os gastos públicos (fim do senado, fim de verbas públicas de gabinetes estaduais, grande redução de servidores por parlamentar, fim do salário para vereadores etc) sem perder o apoio de partidos e dos políticos eleitos para implementar a sua forma de governo?

Resposta de Eduardo Jorge:

Esta não é uma mudança de curto prazo, e temos que pensar que o Brasil não acaba nas próximas eleições, e nem nos próximos quatro anos. Mas é preciso começar esta discussão, plantar esta semente. Temos que escolher melhor nossos parlamentares, para possam levar esta discussão também ao congresso. É uma reforma política profunda que precisamos, e para isto, como somos uma democracia, é preciso debater, conversar, levar dados.

Pergunta do leitor Raoni alcântara:

Quais seriam as funções do seu Ministério da Família? Ele iria suprir as necessidades de todos os tipos de famílias ou somente as da família ‘tradicional’?

Resposta do candidato Eymael:

O Ministério da Família, a exemplo dos que já existem em países como o Canadá, é a porta de entrada para as questões ligadas estritamente a família, que hoje esta disperso por vários outros ministérios. Como formulador de políticas públicas que contemplem a família brasileira e a preserve enquanto a célula mater da sociedade. Se pensarmos que os educadores com suas demandas tem no Ministério da Educação um caminho, uma porta onde bater, a saúde, embora sucateada, tem seu ministério assim como a Industria e o comércio, o Turismo e outros segmentos da sociedade, veremos a importância da criação desse ministério. Muito embora termos como meta diminuir drasticamente o número de pastas ministeriais existentes, no momento 39, com certeza o Ministério da Família e o da segurança Publica, em nosso governo, serão criados.

Pergunta da leitora Cláudia Fragoso

Zé Maria, em sua opinião, porque será que os jovens e trabalhadores que foram para as ruas em 2013 vão eleger políticos tradicionais para governar o país e, inclusive, para compôr o Congresso? O que falta para a insatisfação com a política praticada no país se manifestar nas urnas?”

O candidato respondeu em vídeo: 

Não é todo mundo que chega até aqui não! Você faz parte do grupo mais fiel da Pública, que costuma vir com a gente até a última palavra do texto. Mas sabia que menos de 1% de nossos leitores apoiam nosso trabalho financeiramente? Estes são Aliados da Pública, que são muito bem recompensados pela ajuda que eles dão. São descontos em livros, streaming de graça, participação nas nossas newsletters e contato direto com a redação em troca de um apoio que custa menos de R$ 1 por dia.

Clica aqui pra saber mais!

Se você chegou até aqui é porque realmente valoriza nosso jornalismo. Conheça e apoie o Programa dos Aliados, onde se reúnem os leitores mais fiéis da Pública, fundamentais para a gente continuar existindo e fazendo o jornalismo valente que você conhece. Se preferir, envie um pix de qualquer valor para contato@apublica.org.

Quer entender melhor? A Pública te ajuda.

Truco

Este texto foi produzido pelo Truco, o projeto de fact-checking da Agência Pública. Entenda a nossa metodologia de checagem e conheça os selos de classificação adotados em https://apublica.org/truco. Sugestões, críticas e observações sobre esta checagem podem ser enviadas para o e-mail truco@apublica.org e por WhatsApp ou Telegram: (11) 99816-3949. Acompanhe também no Twitter e no Facebook. Desde o dia 30 de julho de 2018, os selos “Distorcido” e “Contraditório” deixaram de ser usados no Truco. Além disso, adotamos um novo selo, “Subestimado”. Saiba mais sobre a mudança.

Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes