Buscar

As armas utilizadas por criminosos também entram pelas fronteiras, mas de acordo com especialistas, a maior parte de armas usadas pelo crime são fabricadas em solo brasileiro. O delegado da Polícia Federal Marcus Vinicius da Silva Dantas, da Divisão de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas (DARM), em entrevista à Pública para a série de

Checagem
20 de outubro de 2014
19:51
Este artigo tem mais de 10 ano
Especial Truco 2014

“Aécio vai controlar com maior rigor as fronteiras do Brasil por onde entram as armas e as drogas que alimentam a violência e aumentar a repressão e punição ao tráfico”

campanha de Aécio Neves

As armas utilizadas por criminosos também entram pelas fronteiras, mas de acordo com especialistas, a maior parte de armas usadas pelo crime são fabricadas em solo brasileiro.

O delegado da Polícia Federal Marcus Vinicius da Silva Dantas, da Divisão de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas (DARM), em entrevista à Pública para a série de reportagens sobre a indústria brasileira de armas, publicada em 2012, confirmava que os responsáveis por abastecer os criminosos brasileiros não são os traficantes internacionais.

“A maioria são armas antigas que acabaram na clandestinidade. Muitas compradas por ‘cidadãos de bem’ que venderam para conhecidos, que venderam para desconhecidos. Assim a arma chega ao criminoso”, explicava ele à reportagem.

A declaração do delegado da PF foi endossada pelo principal responsável por destruir as armas apreendidas, o capitão Ismael Ossayran, chefe da seção de Destruição de Armamentos do Exército de São Paulo. Segundo ele, a maioria das armas apreendidas é nacional, sendo que algumas foram exportadas para países vizinhos e reintroduzidas no Brasil. O militar contava que é comum encontrar o mesmo número de registro em mais de um revólver ou pistola antigos e, em uma das peças, a inscrição “Made in Brazil”.

Ano passado, o Instituto Sou da Paz analisou o universo das armas apreendidas no Núcleo de Balística da Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo, um dos principais centros de balística do país. O Instituto apurou os dados de armas apreendidas entre 2011 e 2012, em crimes cometidos na cidade de São Paulo.

Destas, a maior parte são curtas (93%, principalmente revólveres e pistolas) e em sua grande maioria nacionais (78%), de calibre permitido – e não metralhadoras e fuzis contrabandeados.


“O PAC 2 já concluiu 95,5% das ações previstas para o período de 2011 a 2014”

campanha de Dilma Rousseff

Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, com base nos números oficiais do 10º Balanço do PAC 2, só 15,8% das obras podem ser consideradas concluídas. Pelo critério da organização, a categoria obras concluídas inclui empreendimentos prontos, mas não inaugurados, além de obras já em funcionamento. Das obras do PAC 2, 57 (cerca de 0,1% do total de obras previstas) estão em operação, segundo a ONG.

Por esta metodologia, 45,6% das obras estão “no papel” (ou seja, estão em ação preparatória, em licitação de projeto, em licitação de obra ou em contratação). Outros 38,6% dos empreendimentos estão em execução.

Já o governo federal considera como ações concluídas tanto obras prontas como a realização de licitações ou até mesmo estudos preparatórios, primeira etapa na execução das obras. Por esse critério, até uma obra ser finalizada, várias ações já foram concluídas anteriormente. Por exemplo, quando uma rodovia está em obras, já foram feitos os estudos preparatórios e a licitação, o que aumenta este número de ações concluídas.

Baixe o resumo do balanço da Contas Abertas

Veja o 10º balanço do PAC

Resumo do Programa

O programa do candidato Aécio Neves abordou inicialmente o tema educação, dizendo que “Minas foi o primeiro estado a trazer as crianças com 6 anos de idade para a escola” e falando de outros programas, como o Tempo Integral e o Programa de Ensino Profissionalizante (PEP) de Minas. Também voltou a dizer que “Minas tem hoje o melhor ensino fundamental do Brasil”. Outro tópico abordado foi a saúde, em que o candidato afirmou ter “recuperado”, mais de 140 hospitais regionais e construído ou reformado 1570 postos de saúde. Para reafirmar outro bordão de sua campanha: “Hoje Minas tem a melhor saúde da região Sudeste.”

Em seguida veio a lista de feitos na área de segurança: “Minas foi um dos estados que mais investiram em segurança pública no país, proporcionalmente ao orçamento”. Entre as ações propagandeadas estão a contratação de “mais de 10 mil novos policiais” e a construção de “35 novos presídios mais modernos e seguros”.

O programa também mostrou trechos do debate que aconteceu ontem na TV Record, entre eles o que afirmava que em um eventual governo seu, o “Minha Casa, Minha Vida, vai ter um foco muito maior na faixa de até 3 salários mínimos”. E fechou exibindo imagens de comícios do candidato em Copacabana, no Rio de Janeiro, João Pessoa e Salvador e frases críticas ao governo Dilma.

O programa da candidata Dilma Rousseff dedicou vários minutos à crise da água em São Paulo, estado governado pelo PSDB há muitos anos que recentemente reelegeu o governador Geraldo Alckmin. Um problema, disse a candidata, “alertado há 10 anos” que “segundo técnicos do próprio governo estadual poderia ter sido evitado com obras feitas antecipadamente”.

Em seguida o locutor disse que o governo Dilma “alertou o governo de São Paulo sobre o risco de desabastecimento em fevereiro de 2014” e a candidata anunciou: “Estamos liberando pela Caixa Econômica Federal, com juros subsidiados, 1,8 bilhão de reais para a construção do sistema produtor de água São Lourenço. Esse sistema vai garantir no médio prazo mais água para a Grande São Paulo”. O programa também mostrou documentos sobre os alertas e afirmou que a Sabesp tinha dinheiro para realizar obras para aumentar a oferta de água, já que “distribuiu mais de 4 bilhões de reais de lucros para os seus acionistas, inclusive no exterior.”

Depois foram mostradas cenas do debate na TV Record com a candidata contestando afirmações de seu adversário e apresentados números favoráveis a seu governo na economia, como geração de empregos, desoneração de setores produtivos, obras do PAC e Petrobras.

Principais promessas

Aécio Neves

Segurança – controlar com maior rigor as fronteiras do Brasil “por onde entram as armas e as drogas que alimentam a violência” e aumentar a repressão e punição ao tráfico. Colocar 50 mil policiais que hoje fazem trabalho administrativo de volta nas ruas.

Saúde – Criar os consultórios populares de saúde para acabar com a demora das consultas com especialistas; fazer 500 centros de saúde com consultas, exames, remédios em um único lugar com hora marcada e transporte exclusivo.

Educação – Levar para todo o país o Programa Poupança Jovem estimulando os alunos a concluírem o Ensino médio; ampliar a escola em tempo integral, equipar as escolas e garantir avanços na formação e remuneração dos professores; criar o Promédio, um “Prouni” do Ensino Médio, com bolsas para alunos carentes em escola privadas. Implantar o Mutirão de Oportunidades para jovens que pararam de estudar para trabalhar, dando a eles um salário mínimo por mês para que eles se dediquem apenas a estudar.

Não é todo mundo que chega até aqui não! Você faz parte do grupo mais fiel da Pública, que costuma vir com a gente até a última palavra do texto. Mas sabia que menos de 1% de nossos leitores apoiam nosso trabalho financeiramente? Estes são Aliados da Pública, que são muito bem recompensados pela ajuda que eles dão. São descontos em livros, streaming de graça, participação nas nossas newsletters e contato direto com a redação em troca de um apoio que custa menos de R$ 1 por dia.

Clica aqui pra saber mais!

Se você chegou até aqui é porque realmente valoriza nosso jornalismo. Conheça e apoie o Programa dos Aliados, onde se reúnem os leitores mais fiéis da Pública, fundamentais para a gente continuar existindo e fazendo o jornalismo valente que você conhece. Se preferir, envie um pix de qualquer valor para contato@apublica.org.

Truco

Este texto foi produzido pelo Truco, o projeto de fact-checking da Agência Pública. Entenda a nossa metodologia de checagem e conheça os selos de classificação adotados em https://apublica.org/truco. Sugestões, críticas e observações sobre esta checagem podem ser enviadas para o e-mail truco@apublica.org e por WhatsApp ou Telegram: (11) 99816-3949. Acompanhe também no Twitter e no Facebook. Desde o dia 30 de julho de 2018, os selos “Distorcido” e “Contraditório” deixaram de ser usados no Truco. Além disso, adotamos um novo selo, “Subestimado”. Saiba mais sobre a mudança.

Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes