Buscar
Agência de jornalismo investigativo
Checagem

Guimarães e aprovação de Dilma. Blefe!

“Sobe aprovação ao governo Dilma! Somados ótimo e regular temos 30% de aprovação!” – José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, na quarta-feira (30), no Twitter

Checagem
2 de outubro de 2015
12:00
Este artigo tem mais de 8 ano
blefe v3 roxo

A análise feita pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), está errada. A aprovação da presidente Dilma Rousseff não subiu na última pesquisa CNI/Ibope sobre a avaliação do governo. Além disso, não se pode adicionar o porcentual de pessoas que classificaram a administração de Dilma como regular ao porcentual das que qualificaram o governo como ótimo/bom.

A categoria “regular” é considerada neutra, ou seja, não é positiva nem negativa. Isso porque a avaliação de governo feita pelo levantamento CNI/Ibope usa a escala Likert no questionário. O método, um dos mais adotados em pesquisas desse gênero, geralmente traz cinco tipos de respostas: duas positivas (ótimo e bom), uma neutra (regular) e duas negativas (ruim e péssimo). Com isso, garante-se o equilíbrio na manifestação da opinião dos entrevistados. O resultado ficaria distorcido se houvesse três itens positivos e dois negativos, por exemplo, ou três negativos e dois positivos. Por esse motivo, o “regular” não pode ser somado a nenhum dos polos.

Os números da pesquisa também não apontam mudanças em relação ao levantamento anterior que permitam dizer que a aprovação de Dilma subiu, como afirmou o parlamentar, ou caiu. Isso porque as variações que ocorreram ficaram dentro da margem de erro, de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A avaliação do governo como ótimo/bom passou de 9%, em junho, para 10%, em setembro. Já o porcentual dos que acham a administração ruim/péssima foi de 68% para 69%. Os que acham o desempenho regular mantiveram-se em 21%.

Precisamos te contar uma coisa: Investigar uma reportagem como essa dá muito trabalho e custa caro. Temos que contratar repórteres, editores, fotógrafos, ilustradores, profissionais de redes sociais, advogados… e muitas vezes nossa equipe passa meses mergulhada em uma mesma história para documentar crimes ou abusos de poder e te informar sobre eles. 

Agora, pense bem: quanto vale saber as coisas que a Pública revela? Alguma reportagem nossa já te revoltou? É fundamental que a gente continue denunciando o que está errado em nosso país? 

Assim como você, milhares de leitores da Pública acreditam no valor do nosso trabalho e, por isso, doam mensalmente para fortalecer nossas investigações.

Apoie a Pública hoje e dê a sua contribuição para o jornalismo valente e independente que fazemos todos os dias!

apoie agora!

Quer entender melhor? A Pública te ajuda.

Truco

Este texto foi produzido pelo Truco, o projeto de fact-checking da Agência Pública. Entenda a nossa metodologia de checagem e conheça os selos de classificação adotados em https://apublica.org/truco. Sugestões, críticas e observações sobre esta checagem podem ser enviadas para o e-mail truco@apublica.org e por WhatsApp ou Telegram: (11) 99816-3949. Acompanhe também no Twitter e no Facebook. Desde o dia 30 de julho de 2018, os selos “Distorcido” e “Contraditório” deixaram de ser usados no Truco. Além disso, adotamos um novo selo, “Subestimado”. Saiba mais sobre a mudança.

Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes