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O ‘amigo’ de Queiroz nas transações bancárias de Bolsonaro

15 de agosto de 2023
12:00
Este artigo tem mais de 1 ano

Preso no 19º Batalhão da Polícia Militar em Brasília desde 5 maio deste ano, Max Guilherme Machado de Moura aparece como um dos destinatários de recursos que saíram da conta de Jair Bolsonaro. Max foi preso após a Operação Verine, da Polícia Federal, que investiga a atuação de associação criminosa suspeita de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

De acordo com relatório do Conselho de Controle e Atividades Financeiras (Coaf) ao qual a Agência Pública teve acesso, Max de Moura recebeu de Bolsonaro este ano R$ R$1.070,00. Os dados, referentes ao período de janeiro a 4 de julho de 2023, foram enviados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. 

Max virou um dos homens de confiança de Bolsonaro, foi segurança do ex-presidente durante sua gestão no Palácio do Planalto, sendo nomeado ao fim do mandato para o posto de “assessor especial”. Ele acompanhou Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos, onde o ex-presidente permaneceu por três meses. Max também costuma ser o responsável por fazer as transmissões ao vivo do ex-presidente.

O que poucos sabem é que Max trabalhou para Jair Bolsonaro por indicação de Fabrício Queiroz, o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro e pivô do escândalo da rachadinha. “Eu que o coloquei lá”, disse Queiroz à Agência Pública

Com relação de longa data, Max virou um dos homens de confiança de Bolsonaro

Max, que já foi integrante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), foi candidato a deputado federal no Rio de Janeiro nas últimas eleições, mas não foi eleito. Queiroz contou que conheceu Max no final da década de 1990. À época, Fabrício já estava na polícia militar do Rio e fazia bico como segurança de um supermercado, onde ficava a loja automotiva que Max trabalhava. 

“Ele falou que queria entrar para a polícia, ele se inscreveu, eu tinha umas apostilas de estudo, ele usou as minhas apostilas. Depois eu o encontrei já como policial fardado. O Jair na época me pediu pra arrumar o segurança para ele, eu encontrei o Max”, lembra Queiroz. Segundo ele, isso aconteceu quando Bolsonaro ainda era deputado federal. 

Fabrício Queiroz afirmou que há tempos não tinha notícias do colega e que ficou chateado pelo seu sumiço, após as denúncias envolvendo seu nome no esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. “A gente deixou de falar com todo mundo”, ressaltou. 

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