Um projeto de lei protocolado na Câmara dos Vereadores quer equiparar os percentuais de reajustes salariais de todos dos servidores públicos municipais em São Paulo aos do prefeito, vice-prefeito e vereadores. Apresentado na última segunda-feira (5) pela vereadora Keit Lima (PSOL), o projeto pretende estabelecer regras igualitárias para reajustes inflacionários, independentemente do cargo ou função exercida.
Em entrevista à Agência Pública, a vereadora explicou que o projeto é uma espécie de contra-ataque à proposta do prefeito Ricardo Nunes (MDB), aprovado pela Câmara, que prevê reajuste salarial abaixo do reivindicado pelas categorias e dividido em duas parcelas: a primeira, de 2,60%, a partir de 1º de maio deste ano; e a segunda, de 2,55%, a partir de 1º de maio de 2026. O reajuste total é de 5,2%, muito abaixo do percentual que era reivindicado pelos professores municipais, de 44%.
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a proposta de Nunes por 34 votos favoráveis e 17 contrários. Na última terça-feira (6), professores e servidores municipais, que estavam em greve por reajustes salariais, decidiram em assembleia encerrar o movimento.
Sobre os reajuste propostos, a vereadora Keit Lima afirmou que “É ridículo aceitar que um município como São Paulo aprove um reajuste que, para alguns, não chega a R$ 100 de aumento no salário no fim do mês”. Ela, que integra a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, afirma que, “diferentemente do que tem sido divulgado nas redes sociais de alguns vereadores, que chamam professores e grevistas de vagabundos, não se trata de falta de verba pública. Temos bilhões em caixa”.
Ainda não há uma data para que o projeto da vereadora entre em discussão na Câmara de São Paulo.