Buscar

Cantando o novo consumo brasileiro, o funk ostentação nasceu na Baixada Santista, em São Paulo, e chegou às periferias das capitais brasileiras

Reportagem
19 de setembro de 2014
11:30
Este artigo tem mais de 9 ano

Depois de uma década de programas de inclusão social, marcada principalmente pela ampliação do poder de consumo dos mais pobres, o Funk Ostentação ganhou notoriedade entre o público jovem das grandes cidades: seus videoclipes têm milhões de centenas de acesso no Youtube, seus shows atraem multidões nas periferias de todo o país.

A Pública buscou conhecer mais sobre esse universo ouvindo MCs, produtores e fãs do “ostentação”. Para eles, atraente é quem usa roupas, acessórios e carros caros, correntes de ouro, notas de R$ 100. Nas palavras de Washington Rodrigues Veloso, um dos principais produtores de videoclipes do ritmo no eixo Rio-São Paulo, para “bombar na internet precisa ter carros, de luxo, mansões, dinheiro, ouro, mulheres bonitas, champanhe, essas coisas”.

O minidoc “Onde Deus é uma nota de 100” – que teve o apoio do Canal Futura – apresenta o outro lado desse universo. Os protagonistas dessa cena nos levam para o seu mundo, na periferia onde viveram histórias de pobreza e violência na infância, e onde agora exaltam, com o funk, a ascensão social como um troféu de vitória. Seus depoimentos traçam um retrato das transformações sociais vividas pelo país nos últimos 20 anos. Na sociedade do novo consumo, ser da periferia ainda é sua identidade principal – mas a ordem é ter para existir.

Confira o Minidoc:

ELON MUSK é parça de Bolsonaro, Trump e benfeitor na Amazônia e no Rio Grande do Sul? Já se perguntou quais são as intenções de Elon Musk no Brasil? A Pública vai investigar os interesses e negócios do homem mais rico do mundo em nosso território. O magnata da tecnologia mundial promove desinformação e já é investigado por órgãos públicos em diversos países. O jornalismo independente da Pública pode trazer revelações inéditas sobre Elon Musk. Mas um trabalho desse tamanho só pode ser realizado com a ajuda de nossos leitores. Por isso precisamos de, pelo menos, 700 novos Aliados ao nosso lado nesta investigação, que vai render uma série de reportagens especiais.

Clique aqui e faça parte desta investigação!

Não é todo mundo que chega até aqui não! Você faz parte do grupo mais fiel da Pública, que costuma vir com a gente até a última palavra do texto. Mas sabia que menos de 1% de nossos leitores apoiam nosso trabalho financeiramente? Estes são Aliados da Pública, que são muito bem recompensados pela ajuda que eles dão. São descontos em livros, streaming de graça, participação nas nossas newsletters e contato direto com a redação em troca de um apoio que custa menos de R$ 1 por dia.

Clica aqui pra saber mais!

Quer entender melhor? A Pública te ajuda.

Leia também

Funk-se quem puder

Por

Bailes na periferia de São Paulo são encerrados sob violenta repressão policial, enquanto meninas são levadas de ônibus das comunidades onde moram para “animar a festa” nas baladas chiques

A disputa política nas periferias

Por

Em entrevista, o professor Gabriel Feltran, do Centro de Estudos da Metrópole da USP, analisa como se dá a polarização política nas comunidades periféricas

Notas mais recentes

WhatsApp: Após Brasil, Nigéria multa Meta em R$ 1,2 bi por violar dados de usuários


WhatsApp e a aposta da Meta: Privacidade do brasileiro vale menos que a de europeus


Tribunais de contas de estados omitem aquisições de programas espiões ao STF


Empresário que transportou mala de joias de Bolsonaro nos EUA participa do CPAC Brasil


Brumadinho: Familiares de vítimas buscam justiça no STJ, mas encontram gabinetes vazios


Leia também

Funk-se quem puder


A disputa política nas periferias


Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes