Resumo do Programa
O programa eleitoral da candidata Dilma Rousseff (PT) começou comemorando os últimos resultados das pesquisas eleitorais que, segundo o Datafolha e o Vox Populi, dão a Dilma 52% das intenções de voto e a Aécio 48%. Os apresentadores reforçaram que, para Dilma, independentemente de crises internacionais, “o importante é defender o emprego e o salário dos trabalhadores” e que Aécio “não é muito claro” a respeito. Novamente se falou da escolha de Armínio Fraga como ministro da Fazenda em um eventual governo Aécio, lembrando que ele foi presidente do Banco Central durante o governo FHC, “uma época de juros altíssimos, muita inflação e muito desemprego”. Voltou-se a dizer que Armínio pretende esvaziar os bancos públicos “que hoje financiam desde pequenas empresas até programas sociais”, mostrando mais uma vez o trecho de uma entrevista dele de 2012, em que Armínio diz que “provavelmente vai ficar claro que eles [os bancos públicos] não tenham assim tantas funções” e “talvez não sobre muito no “final da linha”.
A presidente Dilma citou exemplos de ações subsidiadas pelos bancos públicos e voltou a destacar o Minha Casa Minha Vida. Diz que o Brasil “não pode voltar a ser governado por uma elite para uma elite”.
A campanha reforçou algumas promessas já feitas pela candidata nas áreas de educação, saúde e segurança. O ex-presidente Lula apareceu mais uma vez na propaganda, fazendo um apelo à população para que reflita e se mobilize pela eleição de Dilma. Voltou-se ao tema da violência contra a mulher. A apresentadora falou sobre a Lei Maria da Penha, sancionada por Lula, e disse que, “com Dilma, o Brasil seguiu avançando na defesa da mulher”. Ela apresentou dados nesse sentido: mulheres são 55% das matrículas na universidade e 59% das matrículas do Pronatec e outros dados de emprego. Lembrou que Dilma apoiou a PEC do trabalho doméstico e que prometeu criar em todo o país a Casa da Mulher Brasileira – um centro de atenção integral para as mulheres vítimas de violência doméstica, mostrando uma dessas obras.
O cientista Miguel Nicolelis deu seu apoio à candidata, que encerrou o programa perguntando se o Brasil está melhor ou pior do que antes.
O programa do candidato Aécio Neves (PSDB) abriu com afirmações escritas contra a condução da economia pelo governo Dilma. Em seguida, Lima Duarte deu seu apoio ao candidato que, na cena seguinte, discursou, tendo como fundo o som de uma versão instrumental do hino nacional. Ele fez um balanço dos apoios recebidos na campanha, destacando o de Marina Silva e da família de Eduardo Campos. Reafirmou que as pessoas “que querem mudar o país” estão com ele. Subiu o tom, acusando a campanha da adversária de agressões, concluindo que “quando esse ataque se transforma em mentira, e mais grave ainda, quando a mentira é anônima, a campanha vai para lama e aí quem perde é você”.
Seguiu dizendo: “Eu acredito em valores que a gente aprende em casa muito cedo, valores como a decência, o respeito, a honradez”. Para emendar: “Vamos ganhar as eleições no próximo domingo e dar ao Brasil um governo que há muito tempo todos nós brasileiros merecemos”.
Entraram cenas de comícios do candidato com apoiadores vestindo verde e amarelo e cantando o hino nacional à capela. O candidato pediu votos e voltou a promessas feitas ao longo da campanha, no mesmo formato de ontem, na áreas de segurança, saúde e educação. Depoimentos de pessoas na rua repetiram os bordões de sua campanha em várias regiões do Brasil.
No final do programa, o locutor voltou a fazer críticas ao governo Dilma, exibindo uma fala da presidente no debate na Record sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco. Uma repórter apareceu no sertão de Cabrobó, no canteiro de obras do projeto, e disse que as obras “se arrastam há sete anos”, enquanto “12 milhões de sertanejos” enfrentam a seca. Imagens mostraram um dos canais de irrigação, seco. Uma moradora perguntou: “Será que ainda vou estar viva quando esse canal funcionar?”
A atriz Rosamaria Murtinho pediu votos para o candidato.