A Agência Pública Pública vai financiar dez reportagens investigativas através de doações no Catarse. E todos os doadores vão decidir o que os repórteres devem investigar

A Agência Pública Pública vai financiar dez reportagens investigativas através de doações no Catarse. E todos os doadores vão decidir o que os repórteres devem investigar

7 de agosto de 2013
21:48
Este texto foi publicado há mais de 9 anos.

Hoje, dia 8 de agosto, a agência Pública lança seu primeiro projeto de crowdfunding, o Reportagem Pública, com o duplo objetivo de ampliar as bolsas concedidas aos repórteres e a participação do público, que vai poder votar nos projetos que serão selecionados para o financiamento. O prazo para contribuir com a “vaquinha” vai até o dia 20 de setembro. Para doar, acesse o site http://catarse.me/pt/reportagempublica.

Inspirado nos concursos Microbolsas realizados em 2012 e 2013, o Reportagem Pública vai oferecer dez bolsas de R$ 6 mil reais para os projetos de investigação eleitos pelo público, e pretende arrecadar R$ 47.500,00 através de doação pelo Catarse – o restante será obtido através de um match funding com a Fundação Omidyar que vai doar um real para cada real arrecadado  via crowdfunding. Todos os que doarem para o projeto terão direito a votar nas pautas inscritas pelos repórteres (veja abaixo como inscrever seu projeto), que serão publicadas em um site próprio ao final da arrecadação.

“O maior ganho do projeto de crowdfunding é a possibilidade de realizar dez reportagens autorais e de fôlego sobre temas publicamente relevantes, com a seleção de pautas feita pelo público, e não apenas pelo nosso conselho editorial, como no projeto Microbolsas”, explica Marina Amaral, uma das diretoras da Pública.

As pautas eleitas pelo público serão realizadas com curadoria da Pública, como no concurso Microbolsas, da apuração à edição final, a cargo da agência. Depois serão publicadas no site e oferecidas à rede de republicadores, sempre no sistema Creative Commons, adotado pela Pública desde sua fundação, em 2011.

“O trabalho vai no sentido inverso dos portais de notícia convencionais: eles negam a informação para o público liberando-a apenas para quem pagar por ela; nós pedimos dinheiro a algumas pessoas para espalhar a informação independente para todas as outras. O sonho dos jornalistas”, diz Natalia Viana, também diretora da Pública.

Os repórteres interessados em inscrever pautas no Reportagem Pública, devem preencher este formulário. Todas as propostas serão pré-selecionadas pela equipe da Pública com base na viabilidade e relevância dos projetos e em seguida apresentadas para a votação do público. Todos os que participarem do crowdfunding – que prevê doações de R$20,00 a R$ 2.000,00 – terão direito a voto. Como é praxe nos projetos do Catarse, outras recompensas são oferecidas conforme o valor da doação – livros de jornalistas, e-book com todas as reportagens do projeto, e até um workshop sobre jornalismo em rede.

Precisamos te contar uma coisa: Investigar uma reportagem como essa dá muito trabalho e custa caro. Temos que contratar repórteres, editores, fotógrafos, ilustradores, profissionais de redes sociais, advogados… e muitas vezes nossa equipe passa meses mergulhada em uma mesma história para documentar crimes ou abusos de poder e te informar sobre eles. 

Agora, pense bem: quanto vale saber as coisas que a Pública revela? Alguma reportagem nossa já te revoltou? É fundamental que a gente continue denunciando o que está errado em nosso país? 

Assim como você, milhares de leitores da Pública acreditam no valor do nosso trabalho e, por isso, doam mensalmente para fortalecer nossas investigações.

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