Programa Residências Públicas vai oferecer bolsa e hospedagem na Casa para interessados em investigar questões de direitos humanos ligadas à Olimpíada no Rio de Janeiro

Programa Residências Públicas vai oferecer bolsa e hospedagem na Casa para interessados em investigar questões de direitos humanos ligadas à Olimpíada no Rio de Janeiro

13 de abril de 2016
09:00
Este texto foi publicado há mais de 7 anos.

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A Casa Pública, centro cultural mantido pela Agência Pública no Rio de Janeiro, está em busca de jornalistas estrangeiros interessados em produzir reportagens sobre os Jogos Olímpicos de 2016. Esta é a primeira chamada para as Residências Públicas, programa que vai acolher repórteres de veículos independentes na Casa Pública.

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Essa primeira edição visa apoiar a cobertura internacional sobre os impactos causados no Brasil pela Olimpíada e a Copa do Mundo. As inscrições vão até 12 de maio e devem ser feitas pelo formulário.

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Serão selecionados quatro repórteres, que ficarão hospedados na Casa Pública entre 20 de julho e 20 de agosto, por pelo menos 15 dias. Além da hospedagem e estrutura da Casa – onde poderão conhecer jornalistas locais – os vencedores receberão uma bolsa de R$ 7 mil, apoio da equipe para desenvolver suas reportagens e também vão colaborar com a Agência Pública. O programa oferece ainda três encontros com organizações e movimentos sociais sobre direitos humanos e os Jogos Olímpicos.

A seleção será feita em duas etapas, sendo a primeira o preenchimento do formulário online e a segunda, uma entrevista por Skype com as coordenadoras da Pública. Os candidatos serão escolhidos com base em sua experiência e na pauta que têm interesse em investigar. O resultado será anunciado no dia 20 de maio.

Desde 2011, a Pública vem cobrindo violações de direitos humanos e impactos sofridos pela população brasileira por conta da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. “Nossa cobertura trouxe muitas histórias importantes, mas que estavam tendo pouca atenção, sobre remoções, gentrificação, autoritarismo, violência e corrupção. Agora queremos ajudar jornalistas de outros países a contarem esse lado triste dos megaeventos, uma realidade que não pode ser ignorada”, diz Natalia Viana, uma das diretoras da Pública.

LEIA AQUI O REGULAMENTO COMPLETO

Para fazer a inscrição, o jornalista deve comprovar experiência em realizar reportagens, explicar qual tema pretende investigar e como será usado o valor da bolsa. A Pública também exige que o repórter seja comprovadamente vinculado a um meio de comunicação independente, que deve se responsabilizar pelo seguro viagem e por publicar a matéria produzida durante a residência. É recomendável que o residente providencie um seguro para seus equipamentos.

A  Pública não se responsabiliza pelo visto, pela alimentação e nem pelo transporte no Rio de Janeiro.

Precisamos te contar uma coisa: Investigar uma reportagem como essa dá muito trabalho e custa caro. Temos que contratar repórteres, editores, fotógrafos, ilustradores, profissionais de redes sociais, advogados… e muitas vezes nossa equipe passa meses mergulhada em uma mesma história para documentar crimes ou abusos de poder e te informar sobre eles. 

Agora, pense bem: quanto vale saber as coisas que a Pública revela? Alguma reportagem nossa já te revoltou? É fundamental que a gente continue denunciando o que está errado em nosso país? 

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