O deputado federal Marcos Pereira, líder do Republicanos, tinha acabado de voltar de Brasília quando me recebeu no escritório do partido em São Paulo, na sexta-feira (5). Vinha de uma semana iniciada com a conturbada eleição da presidência da Câmara dos Deputados, na segunda-feira (1), que também marcou o fim do seu mandato de dois anos na vice-presidência da Casa, ao lado do ex-presidente Rodrigo Maia (DEM).
Embora não estivesse concorrendo ao cargo, ele foi um dos protagonistas da disputa. Depois de romper com Maia, que não quis apoiá-lo para ser seu sucessor, decidiu trabalhar pela eleição de Arthur Lira (PP), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Foi um apoio considerado decisivo para a vitória de Lira, que derrotou o candidato do ex-presidente da Câmara e consagrou o Centrão – bloco do qual o Republicanos faz parte – no comando da Casa.
Marcos Pereira é um articulador político influente no Congresso Nacional. Já foi ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do governo de Michel Temer (DEM), cargo que deixou depois de ter sido citado em delações premiadas da Odebrecht dentro da Operação Lava Jato. É visto em Brasília como alguém que tem interlocução com lideranças políticas de esquerda e de direita. Tem ainda como trunfo o apoio da bancada evangélica, que reúne atualmente cerca de 180 deputados de 20 partidos. É, inclusive, bispo licenciado da igreja evangélica Universal do Reino de Deus (IURD) e pessoa de confiança de Edir Macedo, que além de igrejas espalhadas pelo Brasil e por outras nações, tem o domínio da Rede Record, um dos maiores conglomerados de mídia do país, do qual Pereira já foi vice-presidente.
O Republicanos, que ele comanda, é hoje um dos dez maiores partidos do país. Ligado à Universal, o partido emplacou 208 prefeitos e 2.594 vereadores, muitos deles sacerdotes da própria Universal. Com apoio majoritário do eleitorado evangélico, no qual o governo Bolsonaro também se ancora, a legenda abriga os dois filhos do presidente, Carlos e Flávio Bolsonaro.
Alguém que “só dá passos seguros”, como escreveu o jornalista Gilberto Nascimento, autor de “O Reino”, um livro sobre a história da Igreja Universal, o deputado federal Marcos Pereira foi comedido durante a entrevista em São Paulo. E também didático quando queria se certificar de que um comentário deveria ser devidamente destacado. Usou desse tom professoral para elencar os fatores que levam ao impeachment de um presidente no Brasil. E garantiu que, pela sua fórmula, Bolsonaro está salvo. Pelo menos por enquanto.
Durante a eleição da Câmara, o grupo do deputado Arthur Lira (PP), que contou com seu apoio, contestou o registro do bloco do oponente Baleia Rossi (MDB), candidato de Rodrigo Maia (DEM). Você fez críticas duras à postura de Maia. Disse que ele estava sendo parcial ao registrar o bloco do aliado, que teria acontecido fora do prazo. Mas seu racha com o ex-presidente da Câmara dos Deputados já tinha acontecido bem antes disso, não é?
O processo de eleição na Câmara é longo, muito debatido e disputado, obviamente. Eu sempre deixei claro para o Rodrigo, e para os demais candidatos, Baleia Rossi e Aguinaldo Ribeiro (PP) – só vou falar desses três, eu, Baleia e Aguinaldo, porque acho que eram os mais viáveis -, que não entraria em um jogo jogado. Eu entraria no jogo pra jogar. E comecei a trabalhar, a fazer as articulações com os líderes e deputados dos partidos, mas ficou claro para mim que houve um veto velado do Rodrigo à minha pessoa.
Era um veto político ou algo pessoal?
Pessoal. Ele mesmo (Rodrigo Maia) chegou a dizer pra mim algumas vezes que eu não era a preferência, que tinha uma relação mais próxima com Baleia e Aguinaldo. “Mas se você se viabilizar, eu te apoio”, dizia. Eu me viabilizei. Todos os líderes da esquerda apontaram que meu nome era o melhor mas, mesmo assim, ele achava que não era possível.
Ele achava que Baleia Rossi era alguém que ele poderia controlar?
É o que ouço. Sempre pedi que se criasse um critério para saber qual é o melhor candidato. E nunca se sentou para discutir. Analisam no meio político que, no fundo, o candidato do Rodrigo era ele mesmo, caso o Supremo permitisse que ele disputasse.
Disse a ele que o PSL, o Pros e o PTB estavam juntos, e o Republicanos iria entrar no bloco, mas queria fechar o apoio para ser o candidato. O Aguinaldo Ribeiro (PP) não tinha nenhum partido, eu já tinha quatro. E Baleia Rossi (MDB) tinha apenas MDB. Sendo que Baleia sempre foi visto pelo pessoal da esquerda como alguém que ia ter dificuldade pela relação com o MDB e o Michel (ex-presidente Michel Temer).
Esse foi o dia D. Maia tinha que ter fechado comigo, mas disse para esperar mais um pouco porque talvez o Aguinaldo se viabilizasse como candidato. Isso foi em outubro de 2020.
Foi então que desistiu da candidatura?
Sabe aquele joguinho? Avança uma casa, recua 15 casas. Eu avançava uma ou duas casas e ele (Maia) me fazia recuar quatro ou cinco por essa, talvez, falta de compatibilidade pessoal.
Um dia avisei que ia tocar minha vida. Ainda fiquei um tempo dialogando com ele e com os outros candidatos. No esgotamento do processo, decidi então apoiar o Arthur Lira (PP).
Logo que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) cancelou a formação do bloco de Baleia Rossi, aceita por Maia e anulou a votação para cargos na Mesa Diretora da Câmara. O ato foi interpretado como autoritário porque tirou os partidos de oposição da Mesa Diretora. Concorda que foi autoritário?
Deixa eu explicar pra você. Primeiro, não tinha bloco do lado do Baleia. O Maia matou no peito e, contra o regimento, contra orientação dos servidores da casa, decidiu admitir o bloco. Por que não tinha bloco? Presta atenção. O PT perdeu o prazo de adesão ao bloco, protocolou 12:06 quando ia até meio-dia. Segundo, o próprio MDB gerou o link para a formação do bloco às 13:38, sendo que o prazo era meio-dia para formar o bloco.
Nós temos uma certidão do Departamento Técnico da Câmara dizendo que não houve inconsistência no sistema – porque o PT alegou que tentou registrar, mas não conseguiu. O departamento técnico da casa, formado por servidores, emitiu uma certidão dizendo que o sistema estava estável o tempo todo. Então isso aqui não procede. Outra coisa, tem lá no sistema todas as tentativas de acessos dos partidos para formalizar o bloco. O MDB formalizou às 13h38, depois do prazo.
Depois de ter feito essa formação de bloco intempestiva, ele (Rodrigo Maia) tomou como totalmente irrelevante as falas dos outros. Disse: “sou o presidente e vou decidir, está decidido e acabou”. Foi o momento que fiquei nervoso e saí da sala. Vários saíram comigo.
Quando Arthur Lira cancelou a eleição, houve protestos naturais. Mas tanto é verdade a perda do prazo de registro do bloco, que os partidos aceitaram um acordo. Com a anulação do bloco de Baleia, o nosso bloco teria direito de fazer as cinco primeiras pedidas (ou seja, as cinco primeiras indicações para a Mesa Diretora da Câmara) e o PT a sexta. Então algumas pessoas da esquerda me ligaram e também para o deputado federal Marcelo Ramos (PL). E nós dissemos ao Arthur que valia fazer um acordo, mesmo perdendo as vagas, em nome da governabilidade dele.
Então foi você que articulou esse acordo? Mas o Republicanos não saiu prejudicado? Afinal, ficou apenas com a quarta secretaria, uma posição não tão estratégica na Mesa Diretora da Câmara (é responsável basicamente pelo sistema habitacional dos deputados).
Pelo acordo teríamos quatro vagas na mesa para nosso bloco (ou seja, o bloco de Lira que tem 11 partidos). A terceira era do Republicanos, mas abrimos mão da segunda vice-presidência para ficar com a quarta secretaria, para atender um pedido do PSD.
Por que atender esse pedido?
Gestos políticos. Ao atender o pedido deles, fico com créditos.
Alguns jornais noticiaram que, em troca do apoio à candidatura de Arthur Lira, o Republicanos receberá o ministério da Cidadania. O partido já tem um nome para a Pasta?
Primeiro ponto: não tem nada a ver uma eventual indicação para o ministério da Cidadania com a eleição de Arthur Lira. Estamos sendo convidados para participar do governo desde outubro do ano passado. Eu mesmo fui sondado para uma possível recriação do ministério da Indústria, cargo que ocupei no governo Temer. É que não houve nenhuma reforma ministerial. Então, se o presidente convidar o partido para uma indicação, nós vamos avaliar. Fato é que até agora não teve convite formal.
E se houver, quem seriam os indicados?
Os nomes que já estão postos. João Roma (Republicanos – BA), Márcio Marinho (Republicanos – BA) e Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR).
E você?
Não tenho interesse em ser ministro nesses próximos dois anos. Primeiro porque estou no meu primeiro mandato de deputado federal e acho que posso trabalhar melhor meu mandato na Câmara. Já que não vou ser mais membro na Mesa, terei mais tempo. Segundo porque preciso trabalhar o partido preparando-o para a eleição de 2022, como presidente nacional.
Bolsonaro conseguiu eleger aliados para a presidência da Câmara e do Senado. O Planalto liberou 3 bilhões a parlamentares em meio às disputas no Congresso. Com aliados no comando, o presidente já disse que vai colocar em pauta temas que defende e entregou uma lista de projetos prioritários para Arthur Lira que inclui, entre outros, o acesso a armas e o excludente de ilicitude (interpretada por críticos como carta branca para a violência policial). Acredita que o governo terá apoio para votar essas pautas?
Eu acho que a prioridade do país, neste ano, é a pauta econômica. Nós precisamos aprovar as reformas que são mais importantes para o Brasil. Entre elas a PEC emergencial (que abre caminho para cortes como redução de salário de servidores), e as reformas administrativa e tributária. Essas pautas mais polêmicas, se quiser enfrentar, que seja depois. Porque quem vai gerar emprego e renda são as pautas econômicas.
Arthur Lira já se mostrou sintonizado com a equipe econômica do governo. A pauta econômica é a salvação para o governo Bolsonaro, que enfrenta queda de popularidade?
Eu acho que a economia estando bem, o presidente tem grandes chances de melhorar sua avaliação. E a chance de reeleição dele obviamente aumenta. Porque o que sustenta o governo é a economia. O povo precisa se alimentar, ter um dinheirinho no bolso, pagar as contas com o mínimo de dignidade possível. Essas pautas vão ajudar a melhorar o ambiente econômico e, consequentemente, ajudam o governo.
Fim do auxílio emergencial, má condução da crise de saúde, falhas na compra e na distribuição de vacinas. Tudo isso está fazendo a popularidade do presidente cair. Bolsonaro já superou a ex-presidente Dilma Rousseff em quantidade de pedidos de impeachment (como mostramos aqui). Foram 69 pedidos até agora. Existia uma grande pressão para que Rodrigo Maia abrisse o processo de afastamento. Ele até ameaçou fazer isso no fim do mandato, mas não fez. Tem alguma chance, na sua opinião, de Arthur Lira abrir o impeachment?
Não vai ter impeachment. Pelo menos não por ora. E Rodrigo Maia sempre deixou claro que dificilmente abriria o processo de impeachment. Nos momentos mais difíceis, naquelas manifestações de gente querendo fechar Congresso, ele dizia que não tinha clima. Se não tinha ali, porque ia ter agora?
A popularidade do presidente está caindo. A rejeição já superou a aprovação, que caiu cinco pontos percentuais e está em 40% segundo pesquisa do Poder 360. Não tem clima para um impeachment mesmo com tantos pedidos de impeachment?
O que faz um impeachment no Brasil? Duas coisas. Primeiro, tem que ter o fato jurídico. Isso aí não é tão difícil. Collor foi a Elba (Fiat Elba adquirido pelo ex-presidente com dinheiro de contas fantasmas) , a Dilma foram as pedaladas fiscais. Nossa lei é muito ampla, então não é difícil. Segundo é o componente político, que é a baixíssima popularidade do presidente – abaixo de 10%; a economia em frangalhos e povo pedindo impeachment.
Nenhum componente desses está presente porque o presidente não está com a popularidade abaixo de 10%, a economia está com dificuldade, mas ainda não em frangalhos e não tem povo pedindo impeachment. Não estou vendo manifestações pedindo impeachment.
Aconteceram vários atos. Não acha também que a pandemia desmobiliza um pouco as manifestações?
Sim, mas tem redes sociais. Não estou vendo nas minhas redes sociais ninguém pedindo impeachment. Tem as carreatas, que não geram aglomeração, cada um no seu carro. As que fizeram aí foram…- disse fazendo sinal negativo com a cabeça. Tem panelaço, mas foi meia dúzia de panela.
Se o povo for pra rua, pode ir de máscara, com todos os paramentos, ou se houver um panelaço de verdade, não meia dúzia de panelas, e várias carreatas. Um movimento, um sentimento. Então sim.
Por exemplo, o presidente Michel Temer. Por que Temer não caiu? Porque não tinha povo pedindo (o deputado não levou em consideração os protestos de Fora, Temer aconteceram em todas as regiões do país). A popularidade estava baixa, mas a economia estava melhorando. Ele pegou o país com inflação e juros na casa de dois dígitos. Entregou abaixo da meta. Conseguiu diminuir aos poucos o desemprego. Apresentou projetos que conseguiram trazer, pelo menos, esperança para o establishment empresarial.
Nesse momento o assessor Diego Polachini fez um comentário: “Tenho a impressão de que há uma forçação de barra em torno do tema do impeachment. Setores querendo criar uma celeuma”, disse. Respondi que a grande quantidade de pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados é um dado. “Quantidade não quer dizer nada”, respondeu o deputado Marcos Pereira.
Inclusive um dos pedidos de impeachment foi apresentado por lideranças evangélicas e católicas. O senhor acha que o presidente está perdendo o apoio dos evangélicos, que são boa parcela da sua base aliada?
Eu acho que existe um apoio expressivo na base, não sei se na cúpula, as lideranças religiosas.
Quem seria a cúpula? O bispo Edir Macedo?
Não posso falar por Edir Macedo, apesar de ser da igreja dele. Se existir algum desconforto, pode ser até com a cúpula, mas não com a base. O pastor Silas Malafaia (televangelista e presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo) defende o presidente.
Embora vez ou outra Silas também critique o governo.
Ninguém fala pela comunidade evangélica de uma forma total. Será que esses sacerdotes católicos falam por todos os católicos? Ontem mesmo eu vi no avião uma senhora com uma máscara de Bolsonaro e uma medalha com imagem de uma santa.
E o Republicanos? Mantém o apoio ao presidente? Os dois filhos dele (Carlos e Flávio) são filiados ao partido. O presidente, que está sem partido e já sinalizou que vai se filiar a algum em março, de olho em 2022. Ele seria recebido pelo Republicanos?
O presidente falou em algum momento que tinha uma condição para ir para um partido. Ele deu a entender que iria assumir o comando do partido. Quando ele foi para o PSL, ele assumiu o comando através do Gustavo Bebianno (ex-presidente do PSL). Se essa for a condição dele, não virá para o Republicanos, porque eu não vou abrir mão do partido. Mas nunca falamos desse assunto.
O presidente está apostando no apoio do Centrão para se blindar no Congresso e emplacar suas pautas. Acha que ele vai conseguir manter o apoio dos partidos do bloco?
Depende de qual é a pauta. A pauta econômica não só mantém o apoio, como traz mais apoio. Por exemplo, quantos parlamentares no MDB são da frente do agronegócio?
O próprio Rodrigo Maia não tem condições de votar contra uma reforma administrativa, uma reforma tributária. Não tem como votar contra a autonomia do Banco Central. A gente não só mantém esse quórum como aumenta. Agora outras pautas mais polêmicas dividem bastante o apoio.
Mas o eleitorado de Bolsonaro não está fundamentado justamente nesses assuntos mais polêmicos, como acesso a armas? E essas pautas econômicas são algo mais de interesse do empresariado?
Acho que não. Sei que tem um entorno do governo que gostaria de votar a liberação dos resorts integrados, que na verdade são os cassinos. Se essa pauta for colocada, o meu partido vai liberar a bancada. Porque tenho deputados da bancada evangélica que não vão aceitar, mas tenho deputados que não são evangélicos e votariam a favor. Aliás, acho que essa pauta nem vai ser votada.
Como o senhor avalia o cenário político atualmente para os evangélicos? E qual tem sido o papel da igreja Universal nesse cenário considerando que o Republicanos elege muitos nomes da Universal.
Primeiro, o Republicanos tem 32 deputados federais, 14 da Universal. Tem 214 prefeitos, nenhum é da Universal. Tem 2600 vereadores, 280 da Universal. Nem sei quantos evangélicos, espíritas e católicos. Não estamos fazendo essa pauta, nossa pauta é do partido. Claro que os evangélicos são importantes.
Você já presidiu a Rede Record. O que acha de quando o presidente xinga jornalistas? Também teve covid-19 e foi internado recentemente. O que acha das declarações do presidente que minimizam a doença e a eficiência da vacinação?
Um dos tópicos do nosso manifesto político no Republicanos é que somos intransigentes defensores da liberdade de imprensa e de expressão. Democracia exige isso. Fala-se muito que o presidente agride a imprensa, mas era a candidata à reeleição Dilma, que falava em criar um marco regulatório da imprensa.
A questão é que Bolsonaro faz ataques aos jornalistas.
Estão errados os dois, ele e Dilma. O que o presidente fala é problema dele. No caso da pandemia, o que acho é que foi politizada. No primeiro momento era fecha ou não fecha comércio. Pode cloroquina, não pode. Não é o presidente que tem que dizer, é o médico. O presidente diz que pode cloroquina, o governador de São Paulo diz não pode. Eles não são médicos. Agora é toma vacina, não toma vacina. Deixa isso pra Anvisa, para os cientistas, para os médicos.
O Republicanos dobrou a quantidade de prefeituras nas últimas eleições. Quais os planos para 2022?
Agora que não sou mais vice-presidente da Câmara dos Deputados, estou me dedicando a tocar essa pauta do partido. Vamos ter uma reunião no dia 9 com todos os presidentes estaduais lá em Brasília para fazer as projeções.
Vão apoiar a reeleição de Bolsonaro?
Não sei. Meu candidato seria ACM Neto (DEM-BA). Mas ele não vai sair candidato, vai se candidatar a governador da Bahia. Ele é mais político, mais de centro. A gente tem muita preocupação com o radicalismo. Muitas vezes o presidente, até não por ele, mas para atender a base, age com certas posições que a gente não aprova. Eu me sentiria mais confortável em apoiar um candidato de centro mais equilibrado.