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Projeto vai checar as campanhas de cerca de 50 candidatos às prefeituras de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Belém

Reportagem
16 de agosto de 2016
14:13
Este artigo tem mais de 8 ano

Primeiro, desafiamos os candidatos a presidente, numa das eleições mais disputadas da nossa história. Depois, chamamos deputados federais e senadores para o jogo, quando o Congresso se tornou protagonista de pautas e decisões polêmicas. Agora, o Truco – projeto de fact-checking da Agência Pública – inicia uma nova rodada. No Truco Eleições 2016, vamos checar pela primeira vez a campanha dos candidatos a prefeito em cinco capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Belém. Montamos equipes em cada um desses municípios, todas formadas por jornalistas que conhecem o cenário político local.

Vamos monitorar desde o programa eleitoral na TV até entrevistas na imprensa e publicações das campanhas nos sites dos políticos e nas redes sociais. Todos os cerca de 50 candidatos a prefeito nessas cinco capitais terão suas falas verificadas, sem qualquer distinção partidária ou ideológica. O objetivo do Truco Eleições 2016 é qualificar o discurso público, mostrando para os eleitores o que é fato e o que é mentira na disputa eleitoral. Com isso, esperamos que os candidatos melhorem a qualidade das informações que divulgam sobre os seus projetos e sobre a cidade que pretendem governar.

Vai começar o Truco Eleições 2016! from Agência Pública on Vimeo.

Em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, o trabalho será feito por jornalistas da Agência Pública, com o apoio de colaboradores. Para a cobertura do Recife, firmamos uma parceria com o Marco Zero Conteúdo, um coletivo de jornalismo investigativo independente que aposta em textos aprofundados e de interesse público. Em Belém, a checagem será do parceiro Outros 400, coletivo focado na cobertura da capital paraense.

Como fizemos nas etapas anteriores do projeto, selecionamos frases e verificamos se estão corretas, atribuindo a elas uma das cinco cartas disponíveis: “Blefe”, se a afirmação for falsa; “Não é bem assim”, se for exagerada, distorcida ou discutível; “Tá certo, mas peraí”, se estiver correta, mas faltar contexto; “Zap”, se estiver certa; e “Candidato em crise”, se houver contradição. Cada uma delas adota uma cor diferente, o que ajuda a identificar o resultado da checagem. O nome do projeto explica o porquê de usarmos as cartas como sistema de classificação: nossa inspiração é o truco, um jogo de baralho bastante popular em várias regiões do país em que os adversários muitas vezes mentem para vencer.

Dessa vez, pedimos a ilustradores de cada cidade para que criassem versões personalizadas dos desenhos, trazendo características regionais à sua interpretação. Traços mais urbanos marcam as cartas de São Paulo, enquanto no Recife o tom é inspirado na literatura de cordel, por exemplo. Além de dar uma nova cara para o Truco Eleições 2016, essa diferenciação facilita perceber de qual cidade é cada uma das checagens. Ao todo, foram criados 57 desenhos diferentes por Alexandre De Maio (São Paulo), Gustavo Ferreira (Rio de Janeiro), André Persechini (Belo Horizonte), Kelen Linck (Recife) e Herôn Victor (Belém).

A carta Blefe, nas versões de São Paulo, Recife, Belém e Belo Horizonte
A carta Blefe, nas versões de São Paulo, Recife, Belém e Belo Horizonte

Além de verificar frases, vamos pedir o “Truco!”, ou seja, lançar um desafio público para que os candidatos expliquem promessas e declarações aparentemente infundadas ou polêmicas. Nesse caso, elaboramos uma lista de perguntas e encaminhamos para a assessoria do político, que terá 24 horas para responder. O resultado será divulgado tanto no site como nas nossas redes sociais. Temos também uma outra novidade. As publicações do Truco Eleições 2016 poderão ser acompanhadas também pelo nosso novo perfil no Twitter (@truco).

Pronto para o jogo? As cartas estão na mesa.

Quatro diferentes versões do Truco.
Quatro diferentes versões do Truco.

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