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Segundo pesquisadora Valeska Zanello, para combater o estupro e o feminicídio, do ponto de vista da saúde pública, é necessário encarar o vetor: a masculinidade violenta

Entrevista
27 de outubro de 2020
10:05
Este artigo tem mais de 3 ano

Muito se fala sobre a desinformação que circula pelas redes sociais, em especial pelo Whatsapp. Mas além de fake news, as trocas de mensagens nessas redes também reforçam comportamentos sexistas e violentos, segundo uma pesquisadora que tem se debruçado sobre o assunto.  

Valeska Zanello, professora do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB) e autora do livro “Saúde Mental, gênero e dispositivos” pesquisou durante seis meses, com a ajuda de voluntários “espiões”, mensagens trocadas em grupos masculinos dentro do Whatsapp. E o que ela mais encontrou foram memes e imagens que objetificam sexualmente as mulheres. Coisas como uma imagem do goleiro Bruno, condenado por feminicídio, abraçado a uma mulher. Ao lado da foto aparece uma fila de cachorros segurando, na boca, potes vazios à espera de comida. O texto diz apenas: “Bruno está de namorada nova”. 

Esse foi um dos exemplos de imagens recorrentes que apareceram na pesquisa. 

Embora ela não tenha encontrado nenhum caso de estupro na pesquisa, Zanello diz que a troca de mensagens nos grupos se assemelha às conversas que vazaram do jogador Robinho, condenado em primeira instância por ter participado de um estupro coletivo em 2014, com seus colegas.”O que aconteceu ali [no caso Robinho] tem o funcionamento do grupo”, constata.

Em entrevista à Agência Pública, a pesquisadora explica que há uma ligação entre esses grupos fechados de conversas masculinas – que ela chama de “Casa dos Homens” – à ascensão de Jair Bolsonaro ao poder. “Bolsonaro é a encarnação dessa masculinidade adoecida e infelizmente encontra eco e representa grande parte dos homens do nosso país”, lamenta. Leia a entrevista na íntegra:

A representante do Conselho Federal de Psicologia Valeska Zanello fala durante debate sobre crime de estupro no Brasil
Valeska Zanello, professora do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB)

Por que você decidiu investigar grupos de WhatsApp masculinos?

Eu trabalho com saúde mental e gênero há 15 anos, e o meu foco inicial era saúde mental das mulheres. Só que nas minhas pesquisas foi aparecendo cada vez mais a necessidade de se trabalhar as masculinidades. O Brasil é o quinto país em feminicídio, a gente tem uma média de 180 estupros por dia. A gente é campeão em morte de população LGBT, tem um genocídio da população negra, e uma coisa começou a me incomodar: Todas as vezes que a gente tem um problema de saúde pública, como por exemplo a dengue, a gente não fica só na população alvo, a gente sempre procura pelo vetor e combate o vetor.

E quando a gente fala de violência no Brasil isso não acontece. A gente sempre fica no público alvo, mulheres vítimas de violência, pessoas negras vítimas de violência, trans vítimas de violência. Começou a me chamar a atenção que era cada vez mais necessário a gente se perguntar pelo vetor. E quem é esse vetor? São os homens. A masculinidade. 

A gente tem um histórico de machismo que se configurou no nosso país e que é profundamente adoecedor para os homens, mas principalmente extremamente violento para quem convive com eles. 

O que significa ser homem hoje no Brasil? Ser homem se afirma de forma imperativa e negativa, ser homem é não ser uma mulherzinha. Então os homens têm que performar, demonstrar o tempo inteiro um repúdio às mulheres e às qualidades femininas. 

Além disso, desse ponto central na afirmação da masculinidade que é a misoginia, o repúdio às mulheres e às qualidades femininas, é importante a gente pensar os processos pelos quais essa masculinidade se conforma. E ela se conforma, de acordo com o Daniel Welzer-Lang, que é um autor francês que estuda masculinidades, ele criou uma metáfora que é a “Casa dos Homens”. É uma “casa” simbólica. Imagine uma casa em que você, um homem, precisa ir atravessando de um cômodo para o outro. E existem homens que já atravessaram, e que te testam, para permitir que você atravesse. Então, a masculinidade se constrói de forma homosocioafetiva nessa “casa”. 

Quem avalia as mulheres no nosso país, física e moralmente, são os homens. Mas quem avalia os homens são eles mesmos. Isso é muito importante, não são as mulheres. 

E nessa Casa nunca existe um cômodo final. Os homens sempre têm que dar a ver aos seus pares performances masculinas, dentro do que é considerado o ideal da masculinidade, que passa por um embrutecimento. Embrutecimento dos afetos, embrutecimento da relação com o próprio corpo, embrutecimento das relações com os homens e com as mulheres. 

E aí eu fiquei pensando como pesquisar a Casa dos Homens, porque a gente não tem acesso à ela. Só quem entra na Casa dos Homens são os próprios homens. Por isso que a gente precisa dos homens para desconstruir o sexismo no Brasil. 

E eu falava isso, que eu queria arrumar espiões na casa dos homens pelos grupos de WhatsApp. É uma curiosidade que algumas mulheres têm: “O que os homens tanto falam? Por que quando eu chego meu marido fecha o WhatsApp?”. Então eu consegui espiões, homens que vieram no final das minhas palestras, homens de lugares e regiões diferentes do Brasil, que se propuseram, se dispuseram, a ser esses espiões. E aí foram seis meses recolhendo o material, e muitos dos materiais que chegavam, dos memes, eram repetidos. E foi impressionante. 

Valeska Zanello é autora do livro “Saúde Mental, gênero e dispositivos”

Quais eram os tipos de mensagens e memes mais comuns? 

Eu fiz a análise de conteúdo, e peguei as seis categorias mais frequentes nos grupos. A principal foi a objetificação sexual das mulheres, como prova para “dar a ver que se é homem”. Por exemplo, tem uma imagem que era um cirurgião e ele estava costurando metade para baixo de um tronco de uma mulher com metade para baixo de outro tronco. E aí tem escrito “criando a mulher perfeita”. Ou seja, a mulher perfeita é aquela que não tem rosto. É horrível. É podre. 

Outro exemplo, tem escrito assim “A esposa propôs ao marido que ambos listassem as pessoas com quem mais gostariam de ter uma aventura sexual. Ela escolheu George Clooney, Brad Pitt, Cristiano Ronaldo, David Beckham. Ele escolheu a prima dela, a professora de dança da filha, a vizinha do 501, a melhor amiga dela, a moça da padaria. Homens são assim, simples, humildes e sem ostentação.” 

E homens que não falavam quando se postavam muitas fotos de mulheres nuas, de pedaços de mulheres, sofriam bullying. Tinha uma reportagem lá em um dos grupos que eles postaram que era assim “chupar buceta faz bem à saúde”. Eu acho que era fake, mas era uma reportagem aparentemente. E aí vinha com um comentário “coisa que o fulaninho de tal não vai entender”, porque esse fulaninho nunca falava nada. 

Essa objetificação sexual teve três interseccionalidades importantes. A lipofobia, muitos memes com mulheres obesas, tinha um que eu recebi de vários homens, que era uma mulher bem gorda e um homem bem magrinho, fininho, tipo transando em cima dela. E aí de repente faz “pow”, a mulher estoura, e isso é motivo de muito riso. A ideia é de escárnio com as mulheres gordas, e a ideia também de que as mulheres gordas servem para serem comidas como última opção. Se você não pegou ninguém e está no final da festa, ela é um buraco, entendeu? E elas têm que agradecer se algum homem quiser transar. 

Outra interseccionalidade que apareceu foi o racismo: muitas fotos de mulheres negras. E, assim, tinha uma ambiguidade em relação às mulheres negras. Ou colocando apenas a objetificação sexual extrema, ou pegando mulheres negras que você identifica claramente que são de uma classe social mais pobre, e servindo como escárnio. 

A terceira interseccionalidade foi com etarismo, a ideia de que mulheres velhas não são desejáveis, e que se algum homem quiser comer é para a gente agradecer. Tem uma foto que é um desenho de uma velhinha, e tem escrito assim: “Uma velhinha chega na cadeia e fala com o guarda ‘vim para uma visita íntima'”, aí o guarda pergunta “Qual o nome do detento?”, aí ela “Qualquer um, sou voluntária”. 

Essa objetificação sexual se amplia para tudo. Por exemplo, eles estão lá discutindo queimada na Amazônia no ano passado, e aí tem a foto de uma sueca e da Greta, e tem escrito “isso sim é destruição”. Em cima da sueca, gostosona, loira, tem escrito “a sueca da minha juventude”, e em cima da Greta “a sueca de hoje”. Aí tem uma foto por exemplo de uma mulher branca, gostosona, com a barriga toda travada, malhadérrima, mas pintada de índia, e tem escrito assim “apoiamos as causas indígenas”.

No Dia da Consciência Negra tinha álbuns e álbuns de mulheres negras escrito “Somos a favor da consciência negra”. E no mês do Combate ao Câncer de Mama, várias fotos de mulheres, principalmente mulheres brancas mas também mulheres negras, com algum tipo de detalhe, uma calcinha fio dental rosa, segurando um lenço rosa, uma camisola transparente rosa, e aí escrito “Total apoio ao Outubro Rosa”. É muito violento, é podre. 

Uma coisa que apareceu também na pesquisa era rir de forma cúmplice de violências contra as mulheres. Tinha uma imagem – essa eu achei a pior – que era o Bruno, feminicida, abraçado com uma mulher, e ao lado uma foto com uma fila de cachorro com bacia de comida na boca. E escrito assim: “Bruno está de namorada nova”. E isso era motivo de muito riso.

Pesquisadora analisou mensagens e memes mais comuns nos grupos de whatsapp masculinos

Nossa. Deve precisar de muito estômago pra ver essas coisas. 

Com certeza. É de um nível de violência horrível. Mas eu acho que tem que trazer à luz do dia, trazer a público é muito importante.

Muitos homens me escreveram depois disso me agradecendo e dizendo “ah eu sempre achei ridículo essas coisas mas nunca soube reagir. Agora estou vendo que preciso fazer alguma coisa”. Outros me mandaram prints dizendo que já começaram a reagir. Outros também me xingaram. Eu consegui uns haters dizendo “Que absurdo! Isso não acontece!”.

Mas acho que é importante saber nomear, porque quando você nomeia, alguma coisa tem que ser feita. 

E de que forma esses memes se concretizam como um ato de violência de fato? 

É que não existe essa separação. É como você pegar um iceberg que aparece em cima do mar sem ver a base. Se não existir a base, a ponta não existe. 

Então esse sexismo que é entranhado na nossa cultura, é base para coisas muito graves como feminicídio, como a violência contra a mulher, como o estupro. O que é um estupro? É a transformação total de uma pessoa em uma coisa. 

Então tratar das masculinidades e falar desses memes que entre muitas aspas são “brincadeiras”, faz-se urgente. 

Brincadeira que machuca os outros não é brincadeira. É violência. 

Puxando agora para o caso recente do Robinho, vazaram transcrição de áudios da investigação do caso em que ele fala com amigos com naturalidade sobre o crime. Essas conversas se aproximam do que você viu no seu estudo de grupos de Whatsapp masculinos?

O que aconteceu ali [no caso Robinho] tem o funcionamento do grupo. Por que veja, o que é um estupro coletivo? É subjugar uma mulher em conjunto. E, se quem avalia a masculinidade é outro homem, esse subjugar em conjunto funciona como a afirmação de uma masculinidade.

Então o tipo de conversa que eles [Robinho e os amigos] tiveram e essa cumplicidade mostra muito sobre o funcionamento da Casa dos Homens. Muito próximo do que eu observei na pesquisa dos grupos de Whatsapp.

A diferença é que eu nunca peguei uma mensagem sobre um estupro coletivo cometido, mas eu vi várias violências que vinham representadas em memes e as conversas sobre essas memes. Muito parecidas com Robinho. O Robinho, na verdade, é um exemplo muito ruim mas muito verdadeiro da masculinidade brasileira. 

E porque existe essa cumplicidade? Por que os homens se sentem confortáveis em falar essas coisas entre eles? Eles têm 100% de confiança de que os outros não vão denunciá-los?

Com certeza. Uma coisa importante no funcionamento dessa Casa é a cumplicidade. Existe uma lealdade, uma brodagem entre os homens. 

E que homens saíram em apoio a Robinho? Neymar – que já foi acusado de estupro. Teve também o técnico [Cuca] – que também foi investigado e condenado de estupro. 

Então existe uma cumplicidade além dessa lealdade e desse silêncio na Casa dos Homens que é “hoje é ele, amanhã sou eu”. Isso é muito importante. 

E por que vemos tantos casos de abusos cometidos dentro do meio do futebol? 

A masculinidade no Brasil é pautada e isso tem a ver com a especificidade do futebol, dentro do dispositivo da eficácia. 

Quer dizer que os homens se tornam homens tendo como parâmetro duas bases, a virilidade sexual e a virilidade laborativa. Um homem precisa ser trabalhador, provedor e comedor. 

O futebol é uma porta de entrada que realiza isso muito bem. Por que qual é a chancela de sucesso na virilidade laborativa? O status e o dinheiro. E isso o futebol, exatamente porque é extremamente valorizado no Brasil, traz. E o segundo ponto do dispositivo da eficácia é a virilidade sexual. Quanto maior a chancela do homem nesse dispositivo da eficácia, maior o acesso às mulheres. 

Isso é um ponto muito importante porque no meio do futebol as mulheres não têm a mesma visibilidade. Não têm o mesmo salário. Então há uma intensificação do desenvolvimento desses valores. Os homens são incitados a desempenhar isso pra mostrar que são homens e eles se sentem mais homens assim. Isso é tão naturalizado que eles não acham isso um problema. Isso é mais sério. 

Desnaturalizar tem que ser um objetivo imediato e a possibilidade de construir outras masculinidades. 

O Whatsapp incentiva essa construção de masculinidade misógina?

Eu acho que traz uma outra forma de realização. O problema não é o Whatsapp, a tecnologia. Ela só traz novas formas de realizar a violência. Antes, se o homem transava como uma mulher e contava no bar, hoje qualquer pessoa tem um celular que tira foto, que grava áudio. Então a chance de você refinar e pulverizar as formas de violência aumentou. 

O Whatsapp só traz uma nova possibilidade porque continua acontecendo em outras esferas também. No bar, na casa, na festa. 

Eu gosto de sentar em bar ao lado de mesa de homem pra escutar. É o Whatsapp ao vivo. Eles tiram foto com a mulher e mostram, classificam as mulheres. 

Isso prum homem falar pra uma mulher, ou denunciar para uma pesquisa é muito difícil.

Essa reunião de homens em grupos de Whatsapp me remeteu aos grupos bolsonaristas que também são marcados por muito machismo. Você vê um paralelo?

Praticamente todos os grupos que eu tive acesso eram bolsonaristas. Aquilo que eu falei da primeira categoria, da objetificação sexual, o modo como se tratavam as mulheres na política era pela objetificação sexual – ou falando das mulheres bonitas e gostosas, ou mulheres que eram importantes mas que eram ridicularizadas pela questão estética. Pela questão racial, gordas ou velhas, a Dilma, a própria Joice Hasselmann. Em relação à objetificação sexual pouco importava se era de direita ou de esquerda. O sexismo se mostrou geral.

Grande parte dos grupos replicava desinformação relacionada ao bolsonarismo. Isso foi no segundo semestre do ano passado. 

E não é a toa, porque o Bolsonaro é a encarnação dessa masculinidade adoecida e infelizmente encontra eco e representa grande parte dos homens do nosso país. É deprimente. 

E como a gente pode combater isso?

Primeira coisa eu acho que a gente tem que trabalhar na base numa perspectiva de gênero nas escolas. Trabalhar com prevenção porque, infelizmente, a escola acaba sendo um mecanismo reprodutor desses valores de gênero, ensinando pras meninas que a coisa mais importante na vida delas é o amor e a maternidade, encontrar um homem que as escolha para casar. E para os homens esse tipo de masculinidade pautado no sucesso profissional e, me desculpe a palavra, foder todo mundo. 

Não é a toa que as pessoas que estão no poder combatem tanto a perspectiva de gênero e construíram essa história de “ideologia de gênero”, que não existe. Porque o Brasil é um país profundamente sexista e racista e se a gente quer ter uma democracia esses são problemas que a gente tem que enfrentar muito abertamente. 

Não existe democracia se a gente não trabalhar esses pontos. 

Dois: a gente tem que refinar as leis para dar conta da pulverização dessas formas de violência que se complexificaram em função das tecnologias, e fazer valer essas leis. E aí tem um outro problema que é que grande parte do judiciário é composta por homens brancos, infelizmente, pouco desconstruídos em relação a essas masculinidades. 

Então a gente vê decisões judiciais tratando de estupro, por exemplo, que são extremamente machistas. Precisamos também, na minha opinião, ter mais cotas para pessoas negras e mulheres no judiciário para termos outras perspectivas.

E isso é um movimento que eu acho que os feminismos têm feito – inclusive eu adorei o que o Robinho falou [“Infelizmente existe esse movimento feminista”]. Que bom que ele achou ruim. Quer dizer que estamos indo no caminho certo. 

Então temos que ter campanhas de conscientização das mulheres – mas a gente não vai contar com o apoio desse governo, porque ele é machista -E também temos que conseguir trazer homens pro nosso lado porque sem eles trabalhando dentro da Casa dos Homens vai ser difícil. 

Colaborou Laura Scofield

Antônio Cruz/Agência Brasil
Ethel Rudnitzki
Reprodução da internet

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