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Um ano após o início da pandemia, familiares relatam como encaram o desafio de criar as crianças e adolescentes que perderam parentes diretos

Reportagem
2 de março de 2021
16:03
Este artigo tem mais de 3 ano

“Tia, vai acabar o oxigênio aqui, avisaram agora.” Era quase metade da manhã abafada de 15 de janeiro, em Manaus (AM), quando Lucas Azevedo Paz ligou desesperado para sua tia. O rapaz de 22 anos havia acabado de receber a informação de que nas horas seguintes acabaria todo o oxigênio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. José Lins, onde estava acompanhando sua mãe, internada com sintomas da Covid-19. “Eles avisaram para que a família corresse, arranjasse oxigênio”, conta Denise, a tia que atendeu o telefonema. Em menos de uma hora, Lucas foi de carro buscar um cilindro de gás emprestado pela avó. Quando retornou, o oxigênio da UPA já havia acabado. “Se ela sobreviveu mais um dia, foi porque a família conseguiu mais oxigênio por conta própria”, diz Denise. 

Agora, Lucas costuma dizer que virou pai e mãe. Passado um mês do dia em que viu a mãe morrer por asfixia, no pico do colapso de oxigênio que assolou Manaus, ele virou o responsável pela família. Mais velho de quatro irmãos, ele explica: “A minha mãe não queria que a gente ficasse desunido, então eu quero preservar isso”. O rapaz que passou três dias no hospital inventando formas de confortar a mãe nos vários momentos em que os cilindros de oxigênio se esvaziaram agora tenta assimilar em casa como se cuida de duas crianças e um adolescente. 

A mãe, Francilene Azevedo, morreu três dias depois de ter sido internada na UPA com sintomas do coronavírus e deixou, além de Lucas, Amanda, de 4 anos, Giulia, de 9, e Kalil, de 16. Os quatro irmãos manauaras tentam se reestruturar e descobrir caminhos para seguir a vida sem a peça central da família. Como Lucas, outras pessoas no Brasil da pandemia assumem da noite para o dia a tarefa de criar crianças que perderam familiares diretos. 

Francilene Azevedo, além de ser mãe de quatro filhos, era uma artesã reconhecida pelo primor com que confeccionava enfeites de cabelo

Um ano após o primeiro caso de Covid-19 confirmado no Brasil, a Agência Pública registra as histórias dessas famílias que se veem entre a dor de perder um ente e a urgência de garantir condições de vida aos mais novos que ficaram. Até agora, a pandemia já ceifou mais de 255 mil vidas no Brasil, atingindo todas as 5.570 cidades do país. Na região Norte, primeira a registrar a presença do vírus alastrada por todos os municípios, a taxa de mortalidade entre pacientes internados é a mais alta. 

A desigualdade de recursos e estrutura de saúde entre as regiões fez crescer o número de óbitos entre os pacientes internados, aponta um estudo de pesquisadores brasileiros publicado na revista científica The Lancet, que avaliou milhares de internações entre fevereiro e agosto de 2020. Segundo a pesquisa, na região Norte 50% das pessoas internadas vieram a óbito. Dessas, muitas deixaram familiares e, em alguns casos, como no de Francilene, crianças e adolescentes desassistidos. Ainda que a população mais jovem não seja a que mais morre por causa do vírus, as crianças e os adolescentes acabam vitimadas indiretamente, já que a letalidade atinge pais, mães, avós, tios e responsáveis.

Não há ainda um levantamento disponível que contabilize a quantidade de crianças que perderam seus responsáveis para a Covid-19 no país. Mas, mesmo sem números registrados, a realidade existe e hoje forma-se no Brasil uma geração de crianças que crescerão sem os familiares diretos. Um impacto que perpassa o momento da morte e se estenderá para os próximos anos, mesmo depois de passada a pandemia. Como resume Denise Azevedo, tia de Lucas, que ajuda a cuidar dos sobrinhos órfãos, “não é só a dor da perda, mas tudo que se perde daqui para o futuro”. 

Tempo de terror

“O que aconteceu com Francilene, pra mim, foi um homicídio”, diz Denise. Para a família, que acompanhou a passagem da artesã de 46 anos pelo hospital, a tristeza do desfecho se mistura com a indignação. “Tiraram o direito de lutar da Francilene. Não foi a Covid que matou ela, foi a falta de oxigênio. Isso é muito revoltante.” 

Lucas e a tia contaram que pretendem entrar com uma ação contra o Governo Federal e Estadual buscando indenização por entender que a morte de Francilene foi causada por um colapso no sistema que já era previsto. Segundo a Pública revelou, ainda no início de janeiro as autoridades do governo Bolsonaro sabiam da “possibilidade iminente de colapso no sistema de saúde” dez dias antes, de acordo com documento do próprio Ministério da Saúde sobre o sistema de saúde de Manaus, de 4 de janeiro. 

Exatamente dez dias depois da previsão do caos, a capital do Amazonas colapsou. E, no dia 15 de janeiro, o quadro de Francilene piorou: “Bem no primeiro dia da falta geral de oxigênio aqui em Manaus”, explica Denise. O gás acabou na UPA onde ela estava e, entre a manhã do dia 15 e a madrugada de 16, a família conseguiu levar quatro cilindros. Como aconteceu com outras centenas de famílias amazonenses, parentes fizeram vaquinhas e passaram horas em filas buscando oxigênio. Nesse intervalo de 24 horas, o hospital só havia conseguido fornecer cerca de 50 minutos do gás para a mãe de Lucas. 

A família e a equipe de saúde tentaram transferir Francilene para um hospital de referência, porque na UPA não havia respiradores ou leitos de UTI. Mas não existiam vagas. “A gente via no olhar dos médicos o desespero, eles vendo as pessoas morrerem e percebendo que não tinha nada para fazer. A única coisa que eles podiam fazer era dar morfina, que é o que eles estavam fazendo, e fizeram com ela também”, conta Denise. 

No início da tarde do dia 16, após horas sem oxigênio, Francilene faleceu. Lucas conta que era perto das 13 horas quando ouviu os médicos dizerem: “Dá morfina, dá morfina. Tira ele da sala”. Às 14 horas chegou o oxigênio que familiares tinham conseguido, mas não havia mais tempo. A mãe tinha partido e Lucas assumia a tarefa de cuidar dos irmãos.  

Juntos, os quatro filhos estão se virando como conseguem na casa em que já moravam, sob a tutela do irmão mais velho. Os parentes vão visitar quando podem e se juntaram para pagar o aluguel. Uma tia arranjou uma máquina de lavar e a namorada do de Lucas está ensinando os irmãos a cozinharem juntos. “As noites é que são a parte difícil”, diz Kalil, de 16 anos. “É quando a menor sente mais saudade.”  

Há poucos dias, tia Denise recebeu outra ligação dos filhos de Francilene. Era o do meio, Kalil, pedindo ajuda. “Tia, a senhora precisa vir aqui. Minha irmã ficou mocinha e eu não sei o que fazer”. Mais uma vez, Denise se organizou para dar o suporte aos sobrinhos e apareceu para uma longa visita. 

Sem registro

Como Lucas, Kalil, Giulia e Amanda, que ficaram sem Francilene, muitas outras crianças ficaram sem a mãe neste Brasil de pandemia descontrolada. Na região Norte, ao menos 26.141 pessoas faleceram por conta da Covid-19. Mas o número não contabiliza todos os casos. Nessa conta falta, por exemplo, Francilene, que, apesar de ter falecido com resultado positivo para o teste do coronavírus, teve a causa de óbito registrada como “parada cardíaca”.

A subnotificação que apaga os casos gera revolta nas famílias, que exigem, ao menos, que fique registrada a causa verdadeira da partida de seus entes. No Amapá, Maria do Remédio amarga essa sensação de indignação. Sua nora, Paloma Ramos, faleceu depois de quase um mês internada com sintomas de Covid no hospital público Mãe Luzia, em Macapá. Ela chegou a fazer o teste, mas morreu sem diagnóstico. O resultado positivo para o coronavírus ficou pronto quase um mês depois de sua morte.

Paloma Ramos realizaria em breve o sonho de formar-se em pedagogia. Morreu antes, com 26 anos e grávida de sua segunda filha

Internada no dia 8 de maio de 2020, Paloma não pôde ser acompanhada por nenhum familiar em momento algum. No hospital, a cada duas horas a família podia acessar uma atualização do prontuário. “Quando foi Dia das Mães, uma moça lá mandou umas fotos dizendo que ela estava muito mal, que a gente tirasse ela de lá e procurasse um hospital melhor”, lembra Maria. Mas, segundo ela, as condições financeiras não permitiam à família buscar outro tipo de tratamento. 

Paloma tinha 26 anos quando morreu, estava prestes a se formar em pedagogia e grávida de sua segunda filha. Deixou, além do sonho de ser professora, uma filha de 5 anos. Maria Vitória agora vive com a avó, o pai, o avô e os tios. “Ela entende que a mãe dela foi embora. Fala que sua mãe virou estrelinha. À noite ela pede pra olhar o céu e às vezes chora de saudade”, conta a avó Maria. 

Em 29 de maio completará um ano da morte de Paloma, mas até agora a filha pequena e o marido viúvo não conseguiram voltar a morar na casa que lutaram para construir juntos. Uma semana antes de o coronavírus chegar na família, Paloma, Maria Vitória e o marido haviam se mudado para a casa nova. “Parece mentira, ela queria tanto ter a casinha dela. Eles estavam quase acabando a obra, tinham se mudado e ela desfrutou só uma semana lá.” 

Agora a filha e o marido de Paloma dormem na casa da avó Maria. Junto dos avós e tios, tudo fica mais fácil e a Maria Vitória cresce mais acompanhada, dizem. Desde que Paloma faleceu, Maria Vitória dorme com a avó. Muitas vezes abraça Maria do Remédio dizendo: “Ah, minha vó, hoje eu queria era abraçar a minha mãe”. 

A dupla perda de Roberto

A falta de estrutura e as falhas no atendimento nos casos de Covid-19 se estendem por todo o Brasil. Em Plácido de Castro, município no interior do Acre, a agente comunitária de saúde Simonete Ribeiro de Paiva, de 40 anos, buscou ajuda médica duas vezes antes de vir a óbito no dia 20 de janeiro deste ano. Cerca de dez dias antes, ela começara a sentir os primeiros sintomas da Covid-19. No dia 16, com dores no peito e falta de ar, Simonete procurou o Hospital Manoel Marinho Monte. Acompanhada do esposo, Roberto dos Santos, ela esperou por algumas horas até ser atendida. “Quando fomos atendidos, a médica disse que ia internar ela, só que quando trocou de plantão o outro médico mandou a gente de volta pra casa”, relata Roberto. Simonete estava grávida de seis meses, além de sofrer com asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Em casa, Simonete voltou a passar mal. No dia seguinte, Roberto a levou de novo ao hospital, onde, dessa vez, a encaminharam para a Maternidade Bárbara Heliodora, na capital, Rio Branco, a 93 quilômetros de distância de Plácido de Castro. A gestante chegou a ficar internada durante um dia enquanto os médicos decidiam se iam ou não fazer o parto da criança, para então dar andamento ao tratamento. Um dia depois, fizeram um raio-x que apontou o comprometimento de 60% do pulmão e a gravidade de seu quadro clínico. Mesmo assim, Simonete foi novamente encaminhada para outra unidade de saúde – o Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (INTO-AC), onde faleceu. 

Simonete Paiva era uma agente de saúde empenhada em cuidar da comunidade. Faleceu sem atendimento apropriado, após o parto de seu terceiro filho

Roberto afirma que a morte de Simonete foi causada por negligência médica. “No INTO não tinha estrutura nenhuma pra ter uma mulher grávida na situação dela, porque aqui não tem UTI neonatal, não tem nada, e mesmo assim mandaram ela pra cá. A maternidade era o lugar para ela ficar, lá tinha UTI pra ela e para o bebê”, conta. Depois de ter dado entrada no INTO na quarta-feira, Simonete passou pelo parto do bebê e faleceu cerca de dez minutos depois. A criança foi encaminhada para a UTI neonatal da mesma maternidade, que um dia antes a transferiu e lá sobreviveu por apenas 48 horas. 

Indignado com a dupla perda, Roberto questionou o médico da maternidade ao saber que, assim como a esposa, outra mulher tinha dado entrada na unidade com as mesmas condições, grávida de seis meses, com covid-19, e tinha sobrevivido. “A minha esposa teve um atendimento diferente. O meu filho estava bem, o tamanho e peso dele estavam normais. Esse bebê tinha nascido com 900 gramas, 6 meses e sobreviveu. O meu filho estava tão bem com 1,4 quilos, 39 centímetros. Por que ele não sobreviveu também? O médico disse que eram casos diferentes, que o outro nenê tinha nascido num lugar com estrutura preparada para isso e que a minha esposa deu à luz num lugar que não tinha estrutura nenhuma pra uma mãe fazer o parto de uma criança, ainda mais com Covid”, conta. 

Simonete deixou também dois filhos, Rodrigo, com 18 anos, e Juan, com 9. Durante a última conversa que teve com o marido por telefone, um dia antes de falecer, a agente de saúde pediu que ele “cuidasse dos meninos”. “Depois disso ela desligou, não tivemos mais contato. E foi muito difícil contar para eles o que aconteceu, foi muito doloroso. Tem sido complicado assimilar o luto”, diz. Roberto e os filhos estão morando com a sogra, pois ainda não conseguiram voltar para casa. A família tem dado apoio para que eles se recuperem. Ele ainda não sabe como vai ser quando voltarem para casa. Segundo ele, o filho mais velho tem lidado bem com a situação. “Nós, a família, somos os seus psicólogos, conversamos bastante.” Já Juan, o mais novo, ainda está aprendendo a lidar com a perda da mãe. Ele chora toda vez que pensa em Simonete e na saudade que ela deixou.

Sem diagnóstico 

No bolo de casos de Covid-19 que se esvaem sem notificação, há também aqueles pacientes que padeceram do coronavírus sem, no entanto, nunca terem ouvido o diagnóstico. Em São Sebastião da Boa Vista, pequeno município no Arquipélago do Marajó, Pará, no começo da pandemia todos tinham medo de falar em Covid, até os médicos. “Os médicos diziam que era pneumonia, que era fraqueza da gravidez”, conta Thamara Freitas, irmã de Marília Freitas, que faleceu grávida, com dificuldade de respirar. “Ninguém sabia como cuidar. E ela demorou pra pedir ajuda porque tinha todo esse preconceito com o vírus”, lembra a irmã. Quando foi internada, Marília fez um teste, mas o resultado saiu apenas um dia antes de ela morrer, quando já estava mal e não pode ser informada do diagnóstico. 

Marília faleceu grávida de quatro meses, no dia 7 de maio, depois de oito dias internada. Além do bebê que morreu com ela, deixou Ana Rosa, filha de 11 anos que está vivendo com o pai. A morte de Marília, por ter se arrastado no hospital por dias e por ser o caso de uma mulher grávida conhecida na cidade, que morreu à espera da transferência, causou revolta no município. Thamara conta que no dia seguinte a cidade amanheceu indignada e houve panelaços espontâneos na frente de muitas casas. “As pessoas saíram na calçada com panelas gritando. Pedindo socorro porque a cidade estava abandonada e as pessoas estavam morrendo uma atrás da outra.” Naquele início de pandemia, Marília era a décima vítima contabilizada na cidade. 

A professora Marília Freitas morreu grávida de sua segunda filha, e desencadeou uma onda de panelaços em São Sebastião da Boa Vista

Exatamente dez dias depois, morreria sua prima, também grávida. No Brasil, a mortalidade materna por Covid-19 assusta. Não há dados nacionais consolidados, mas algumas pesquisas mostram que grávidas com sintomas do coronavírus têm maior risco de desenvolver a forma grave da doença. Em um estudo publicado na International Journal of Ginecology and Obstetrics que analisa números internacionais de óbitos de grávidas e puérperas (pós-parto), o Brasil aparece com 77% dessas mortes no mundo, no período analisado, de fevereiro a junho de 2020. 

Marília e a prima morreram nesse intervalo, mas não há como ter certeza se ambos os casos foram contabilizados, pela demora nos testes em São Sebastião da Boa Vista. Segundo Thamara, o município estava largado, sem estrutura e sem capacidade de enfrentar o vírus. São Sebastião da Boa Vista tem um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre os 500 menores do país, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil

A família considera que a lotação e a falta de estrutura no sistema de saúde foram algumas das causas do óbito de Marília. Ela tinha 35 anos e faleceu no hospital de sua cidade enquanto esperava ser transferida para Belém em um barco que, prometido pelo prefeito, nunca chegou. “Eu sempre falo que o que aconteceu foi negligência”, diz Thamara. Durante a internação, o oxigênio era escasso e precisava ser compartilhado, faltava equipe e a compra de medicamentos para cada paciente ficava a cargo das famílias. “Compramos a ivermectina, a azitromicina, os xaropes. Tudo que diziam que precisava”, lembra. 

Entre uma correria e outra, as famílias dos internados se desdobravam para arranjar itens básicos, como remédios e oxigênio, no caso de Marília e Francilene. Mas, quando não estavam no hospital, precisavam se virar cuidando dos filhos dos pacientes que, com as mães internadas, dependiam dos familiares. E ainda dependem. 

Como diz Denise: “O Estado foi cruel com muitas famílias. É algo que não pode passar porque vai mexer com toda a estrutura da família, de quem ficou”. Ela, assim como a avó de Maria Vitória, o pai de Juan e Rodrigo e a tia de Ana Rosa, se preocupa com o desamparo que paira sobre as crianças que perderam os entes. E se pergunta: como vão fazer para viver os próximos anos?

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