Buscar
Agência de jornalismo investigativo
Checagem

Gratuidade do SUS: Renan em crise!

“Considero importante enfrentarmos outra discussão relativa ao SUS de forma a assegurar a gratuidade de maneira sustentável.” – Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso, no plenário, na terça-feira (11)

Checagem
14 de agosto de 2015
15:00
Este artigo tem mais de 8 ano
Contraditório
Contraditório

A mudança no Sistema Único de Saúde (SUS) foi defendida pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros, em discurso no plenário e estava incluída na Agenda Brasil, divulgada um dia antes pelo senador. Mas as críticas à medida, que partiram de entidades e até do ministro da Saúde, Arthur Chioro, fizeram o parlamentar mudar de ideia em menos de uma semana.

O ponto-chave da polêmica é o artigo 196 da Constituição, que afirma que a saúde é “direito de todos e dever do Estado”. Logo, o acesso deve ser garantido independentemente da condição social e econômica dos atendidos. Não seria possível condicionar o atendimento médico ao pagamento de quantias em dinheiro, pois o Estado deve garantir que isso ocorra de maneira igualitária. Foi esse o principal argumento do manifesto divulgado por oito entidades da área.

A mudança no SUS também foi classificada como inviável pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro. “O modelo apresentado é semelhante ao chileno, mas nossa Constituição deixa claro que o sistema é público e universal”, disse. Segundo ele, campanhas como a de vacinação mostram que o sistema pode funcionar adequadamente.

Diante da repercussão negativa, Renan Calheiros recuou. O parlamentar removeu o trecho da Agenda Brasil e inseriu outro, mais brando. Agora o documento cita apenas a necessidade de “regulamentar o ressarcimento, pelos associados de planos de saúde, dos procedimentos e atendimentos realizados pelo SUS”.

O presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) preside a sessão
O presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) preside a sessão. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Precisamos te contar uma coisa: Investigar uma reportagem como essa dá muito trabalho e custa caro. Temos que contratar repórteres, editores, fotógrafos, ilustradores, profissionais de redes sociais, advogados… e muitas vezes nossa equipe passa meses mergulhada em uma mesma história para documentar crimes ou abusos de poder e te informar sobre eles. 

Agora, pense bem: quanto vale saber as coisas que a Pública revela? Alguma reportagem nossa já te revoltou? É fundamental que a gente continue denunciando o que está errado em nosso país? 

Assim como você, milhares de leitores da Pública acreditam no valor do nosso trabalho e, por isso, doam mensalmente para fortalecer nossas investigações.

Apoie a Pública hoje e dê a sua contribuição para o jornalismo valente e independente que fazemos todos os dias!

apoie agora!

Quer entender melhor? A Pública te ajuda.

Truco

Este texto foi produzido pelo Truco, o projeto de fact-checking da Agência Pública. Entenda a nossa metodologia de checagem e conheça os selos de classificação adotados em https://apublica.org/truco. Sugestões, críticas e observações sobre esta checagem podem ser enviadas para o e-mail truco@apublica.org e por WhatsApp ou Telegram: (11) 99816-3949. Acompanhe também no Twitter e no Facebook. Desde o dia 30 de julho de 2018, os selos “Distorcido” e “Contraditório” deixaram de ser usados no Truco. Além disso, adotamos um novo selo, “Subestimado”. Saiba mais sobre a mudança.

Faça parte

Saiba de tudo que investigamos

Fique por dentro

Receba conteúdos exclusivos da Pública de graça no seu email.

Artigos mais recentes