Agência de Jornalismo Investigativo

Quem lucra com os rios que secam

Os nomes do agronegócio que podem captar de graça até 1,8 bilhão de litros de água por dia no Cerrado, enquanto pescadores, ribeirinhos e agricultores sofrem com escassez hídrica

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EP 6 Quem lucra com os rios que secam

Os nomes do agronegócio que podem captar de graça até 1,8 bilhão de litros de água por dia no Cerrado, enquanto pescadores, ribeirinhos e agricultores sofrem com escassez hídrica

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Este texto foi publicado há mais de 1 ano.

O oeste da Bahia costumava ser uma região de abundância de água. Mas, nos últimos anos, ribeirinhos e populações tradicionais da região têm visto os riachos e córregos da região secarem, um após o outro. No sexto episódio do podcast Amazônia sem lei, os repórteres Rafael Oliveira e José Cícero viajam até o interior da Bahia para registrar o impacto deixado pela irrigação em larga escala do agronegócio.

Nos entornos do município de Correntina e Barreiras, estão concentradas 87% das lavouras irrigadas com sistema de pivô central na fronteira agrícola do Matopiba. Lá, segundo levantamento inédito da Agência Pública, cerca de 1,8 bilhão de litros de água podem ser utilizados para irrigação no cultivo de commodities. No novo episódio, conheça a história dos privilegiados com a água do Cerrado brasileiro e entenda como a retirada massiva de água afeta o cotidiano de pequenos agricultores e moradores seculares da região.

Depois de ouvir

Para ler:

Uma empresa que tem água e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como acionista. Nessa reportagem, conheça uma das empresas que mais retira água no oeste baiano. A SLC Agrícola tem propriedades estratégicas junto à nascentes e rios, além de outorgas que autorizam-na a retirar 145 milhões de litros por dia. 

Para compartilhar:

“Não basta ter água para ser um rio”. Neste vídeo, pescadores e pequenos agricultores do oeste baiano contam como é viver em uma região onde os rios estão secando.

Quem faz o podcast

A produção, roteiro e montagem são de Clarissa Levy

A narração é de Clarissa Levy e Ricardo Terto

A finalização de som é de Vitor Coroa

As artes são de Caco Bressane

A coordenação de redes sociais é de Ravi Spreizner e Tainah Ramos.

A coordenação é de Thiago Domenici

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